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  • Foto do escritorJota Jorge

Conheça o craque - Cauby Peixoto

Amigo do esporte,


peço permissão dessa vez para homenagear aqui um craque, muito mais do que um craque, um monstro sagrado, um ídolo que tenho e que, com certeza, proporcionou a todos, momentos de emoção com suas interpretações inigualáveis e sua voz ímpar. Ninguém teve presença tão marcante e tão soberana como ele no palco. O "Conheça o Craque" traz sua majestade Cauby Peixoto Barros, o incomparável Cauby Peixoto.

Carioca de Niterói, caçula de seis irmãos, nasceu numa família que respirava música. Aracy, Moacyr, Andyara, Araken e Iracema seus irmãos todos músicos, seu pai Eliziário "Cadete" Peixoto era pianista e Alice de Carvalho sua mãe era cavaquista e bandolinista. A morte prematura do pai colocou a família em dificuldades. Auxiliados por Dona Corina, cunhada de Dona Alice, a família conseguiu sobreviver superando os obstáculos. E foi com essa ajuda que Cauby ingressou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

Começou a trabalhar aos 15 anos numa loja de calçados e posteriormente numa perfumaria. Nessa época Cauby namorava e gostava de dançar, chegando a ganhar prêmios de dança. Em 1951, após um período de apresentações na Rádio Tupy e Rádio Excelsior, gravou seu primeiro álbum, primeiro de uma série de mais de 170 álbuns ao longo de 60 anos de carreira. Tendo como ídolos Orlando Silva e Nat King Cole, tornou-se o cantor mais eclético da história de nossa música. Samba, bossa-nova, boemia, sertanejo, jazz, rock, pop, soul, tango, bolero, jovem guarda, seresta e música romântica fizeram parte de sua rica carreira.

Foi o primeiro cantor brasileiro a interpretar um rock em português. Foi em 1957 composto por Miguel Gustavo, "Rock and Roll em Copacabana" abriu as portas para o gênero no Brasil. Foi apelidado pela revista americana Time como o "Elvis Presley Brasileiro". Boa parte de sua carreira foi construída nos Estados Unidos onde se exibia com o nome de Ron Coby. Fez duetos antológicos com vozes femininas, entre elas de Ângela Maria e Leny Eversong.

Seu guru e mentor ao longo de toda carreira foi Di Veras que conduziu toda a performance de Cauby. Chegou até a aconselhá-lo com relação a roupas e inclusive pedindo para que Cauby cuidasse dos dentes. O astro prontamente arrancou todos colocando prótese. Uma carreira magistral. Sucessos inesquecíveis como "Blue Gardênia" e "Conceição" entre tantos outros fizeram de Cauby um ícone de nossa música. Suas roupas eram rasgadas por fãs e precisava sair escoltado dos shows.

Aos 80 anos, em 2015 foi lançado um documentário "Cauby- Começaria Tudo Outra Vez" onde é contada toda a trajetória do ídolo. E foi nesse documentário que aos 80 anos Cauby assumiu sua homossexualidade. Em 2016 o jornalista, crítico musical conceituadíssimo e produtor musical Nelson Motta o classificou como "único cantor tecnicamente perfeito do Brasil".


Cauby morreu em 15 de maio de 2016 tendo como causa uma pneumonia. Deixa um legado incomparável ao longo de 60 anos de carreira, com músicas inesquecíveis, interpretações inigualáveis e shows memoráveis sozinho e na companhia de grandes nomes de nossa música. Valeu muito, Cauby. Você é o craque na acepção do termo. Merece com todas as honras fazer parte da galeria de "Conheça o craque"!


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