Amigo do esporte,
Dizem que "recordar é viver". Eu, particularmente, sou um saudosista inveterado. Acostumado a viver intensa e maravilhosamente, tenho muita saudade de minha infância, minha adolescência e juventude.
Cresci livre, brincando na rua, tomando água de esguicho, com dedão topado (minha roupa era um calção), jogando futebol, com várias brincadeiras criativas, estudando em colégio de padres, sem falsa modéstia aprendendo muita coisa, sabendo o significado de cada data cívica e aprendendo a amar e respeitar o Hino Nacional e nossa Bandeira e principalmente respeitar os mais velhos, não só pai, mãe, avós, tios, mas todo "senhor” e "senhora".
Tive educação exemplar de meus pais e professores. Apanhei de minha mãe, fui castigado por travessuras e nem por isso fiquei traumatizado ou carreguei qualquer problema psicológico. Cresci, trabalhei e trabalho até hoje, desde adolescente. E me orgulho disso. Isso foi há muito tempo.
Assim como eu, os nascidos nas décadas de 50, 60 e até 70 foram privilegiados. Nós vimos grandes personalidades no cinema, no teatro, na TV (saudade de programas interessantes, inteligentes), no jornalismo, na cultura, em todos os setores. São ou não são motivos para sentirmos saudade? Claro que sim. Mas as coisas mudaram muito.
Se antes curtíamos a rua, hoje se curte computador e celular. Se antes tínhamos atores e atrizes fantásticas aos montes, hoje são alguns gatos pingados. Se antes tínhamos programas inteligentes na TV, hoje temos programas que atrofiam nossa inteligência, ou melhor, dos jovens. E no esporte fomos mais do que privilegiados.
Curtimos e vibramos demais. Mas, nada é eterno a não ser o "Pai". Tudo passou. Tudo acabou. Aquilo que vivemos foi pródigo. E hoje nos resta apenas relembrar e com uma grande dose de emoção. Não podemos parar no tempo. Mesmo com dificuldade para assimilar tanta mudança. "Vida que segue"! Até mais!
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