Amigo do esporte,
a cultura foi sempre a mesma dos nossos dirigentes: resultados ruins, queda do treinador. Ao longo da história, vimos e ainda vemos exemplos dessa incoerência. E digo incoerência porque manda-se um treinador embora e traz-se um outro que já passou pelo clube e foi mandado embora também. É um ciclo vicioso.
São raros os exemplos de criatividade, de novidade. É um atestado de incompetência e ao mesmo tempo de irresponsabilidade. Incompetência por trazer quem já foi dispensado antes. E irresponsabilidade porque na maioria das vezes o treinador volta ganhando mais do que quando saiu.
A maior culpa do futebol ser hoje um jogo enfadonho, chato, previsível é justamente essa cultura. O treinador com medo de perder o emprego joga primeiro para não perder e depois para tentar a vitória. Então coloca o time lá atrás, joga pela chamada bola do jogo e não joga e nem deixa o adversário jogar. E tem mais.
Se numa minoria dos casos a decisão é acertada, na esmagadora maioria comete-se injustiça. Recentemente, Rogério Ceni foi fritado pelo elenco do Cruzeiro porque barrou medalhões como Fred e Thiago Neves que armaram um complô pra derrubar o treinador. Enderson Moreira foi demitido do mesmo Cruzeiro essa semana. O time é horrível, não ganha de ninguém, jogadores sem qualidade, fracos que cometem erros bisonhos. No entanto, a culpa foi do treinador.
Algo precisa ser feito nesse sentido. Para o bem do futebol há que se dar mais estabilidade ao treinador. Para que ele possa desenvolver um trabalho, por em prática suas idéias, tudo pela melhora de nível de nosso futebol. Que se crie uma lei que dê estabilidade mínima ao treinador. Em todos os setores o profissional precisa de tempo para mostrar seu trabalho. Com o treinador não é diferente. Enquanto precisar garantir seu emprego, teremos um futebol chato, retranqueiro e sem criatividade.
Senhores dirigentes, salvem o nosso futebol. Criem leis para estabilidade do treinador. Só assim voltaremos a ser protagonistas no cenário mundial. Até mais!
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