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  • Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - Saudade

Amigo do esporte,


aqueles de minha geração irão lembrar, relembrar e matar a saudade de um tempo único de nossa história. Para os saudosistas como eu é um prato cheio. Tenho saudade de um tempo em que tínhamos uma vida completamente diferente. Apesar de todo avanço da medicina, de estudos e coisa e tal, mas a minha infância foi maravilhosa. Solto na rua, sem medo de sequestro, de estupro, de ser ferido.

Jogando futebol no meio da rua, onde os carros, que eram poucos na verdade, paravam para que pegássemos a bola que rolava nesse meio da rua. Inúmeras brincadeiras que faziam com que o tempo parasse como que respeitando a alegria que eu sentia.

Tinha ídolos. No futebol principalmente. E também em outras modalidades como basquete, boxe, atletismo. O dia era muito mais comprido. Chegava da escola por volta de meio-dia, almoçava, fazia a lição de casa e bora pra rua.

Voltava ao anoitecer sujo da cabeça aos pés pelas várias brincadeiras: futebol, guerra de barro, rolar na enxurrada, taco, bolinha de gude, pião.

Que tempo. Tomava o banho que nem sempre removia toda sujeira, jantava e assistia televisão com programas interessantes, desenhos inocentes, e esportes. Não havia apelação na programação. Era tudo preparado para a família. E sempre os meus pais tinham prioridade. E claro, também reservavam um tempo para que eu escolhesse o que assistir. E o tratamento era "senhor" e "senhora". Para pai, mãe, avô, avó, tio, tia e todos os mais velhos.

A escola ensinava de verdade. Não existia viés político. Era a matéria pura. Aprendi a respeitar e amar o nosso hino e nossa bandeira. Aprendi a respeitar as Forças Armadas, embora hoje sinta uma certa náusea. Sonhava com a chegada do final de semana, que era quando podia curtir meu pai. Assistíamos a jogos na várzea que hoje não existe mais. O domingo era especial também pela macarronada de minha mãe. Ou de minha avó. Que delícia! Até hoje sinto aquele cheiro convidativo pra um bom prato no almoço.

E assim seguia a vida. A verdadeira vida com liberdade e sem qualquer maldade. Sem pensar em preconceito de qualquer espécie. Cresci feliz. E embora tenha muita saudade de minha infância e adolescência, me sinto bem hoje compreendendo que a idade chega e que temos que saber aproveitá-la.

Saudade do tempo do Arquidiocesano, onde fiz amigos queridos, alguns deles tenho o privilégio de manter contato até hoje. Enfim, como era bom. Agora eu pergunto: o que aconteceu com a humanidade? De onde brotou tanta crueldade, tanta maldade? Triste, muito triste! Até mais!

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