Amigo do esporte,
neste último final de semana teve início o melhor, o mais interessante e mais difícil dos campeonatos estaduais. Ele que já foi o mais importante campeonato do Brasil numa época não muito distante. Houve um tempo em que se comemorava o título na Avenida Paulista, no Vale do Anhangabaú.
Com o crescimento do Campeonato Brasileiro que passou a credenciar os melhores colocados para a disputa da Libertadores da América, tem muita gente que desdenha e até pede o final desse campeonato.
Apesar desse regulamento imbecil atual, para mim ainda existe valor, até pelo romantismo. Aliás, aos poucos vamos nos privando de situações, de coisas, de entes queridos, de amigos, na medida em que a idade avança. Mas as situações e as coisas do futebol com a evolução, acabaram gerando uma nostalgia que dói.
Sou do tempo da Concha Acústica do Pacaembu, que depois foi derrubada para a construção daquele Tobogã horrível. E hoje nem é mais aquele lindo e saudoso Pacaembu. Tudo em nome da modernidade.
Mas voltando ao Campeonato Paulista, é interessante e até hilário o enfoque que se dá. Quando se ganha, é o Paulistão. Quando se perde é o Paulistinha. Desdém de mau perdedor. O mau perdedor sempre arruma desculpa para o fracasso. E a maior delas é menosprezar o campeonato perdido.
Já vi e ouvi muitos maus perdedores tratarem um campeonato de tanta história, de tanta emoção, de tanta tradição, como Paulistinha. Certo é quem ganha. Enaltece a conquista e enche o peito para dizer que é campeão do Paulistão. Não há no Brasil um campeonato tão difícil e tão atraente como o nosso. Portanto, ganhe quem ganhar, vou sempre reverenciar e enaltecer o vencedor do Paulistão. Sim, senhor. Paulistão é como deve ser tratado! E aquele mau perdedor, no fundo tem inveja e uma dor de cotovelo danada para menosprezar a conquista do adversário. Até mais!
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