Amigo do esporte,
quem me conhece sabe o quanto admiro a luta da mulher por um espaço digno na sociedade. Mas por esses dias me peguei recordando a passagem, aliás as passagens, de "Vadão", nosso querido "Vadão" pela Seleção Brasileira feminina. E claro, que me remeteu a uma comparação com a atual treinadora, Pia Sundhae. Sou completamente avesso a comparações, principalmente no esporte. Mas nesse caso foi inevitável. Vadão foi demitido da Seleção com um currículo fantástico por seus resultados e principalmente se levarmos em consideração que o futebol feminino na época engatinhava em termos de mídia no Brasil.
Bi-Campeão da Copa América de 2014 e 2018, Campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2015, Campeão do Torneio Internacional de Futebol Feminino de 2014 enfrentando Argentina, China e Estados Unidos duas vezes e Campeão do Torneio Internacional de Futebol Feminino de 2015 enfrentando Trinidad e Tobago, México e Canadá duas vezes, além de honroso quarto ligar na Olimpíada do Rio de Janeiro.
Tudo isso em apenas quatro anos. Agora passamos para o trabalho de Pia. Em três anos, tem um campeonato, o Torneio Internacional de Futebol Feminino de 2021 enfrentando Índia, Venezuela e Chile, além de uma participação sofrível na Olimpíada de 2020, já com o poder da mídia chegando ao futebol feminino. Mesmo conseguindo resultados superiores nas duas passagens de Vadão pela Seleção com relação aos pífios resultados de Pia, Vadão foi demitido nas duas oportunidades.
E Pia resiste aos fracassos. Por que? Porque canta um sambinha? Porque tem status de estrangeira? Pelo currículo anterior a chegada na Seleção? O fato é que Vadão foi grandemente injustiçado em suas passagens, ao passo que Pia ainda é elogiada por parte da imprensa, mesmo com resultados ridículos. Dá pra entender? Eu não consigo. E você? Até mais!
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