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  • Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - Orlando Duarte , o eclético

Amigo do esporte,


Orlando Duarte Figueiredo, o Orlando Duarte, foi pra mim ao lado de Armando Nogueira, a dupla mais relevante, mais significativa, mais brilhante do jornalismo esportivo. E quando digo jornalismo esportivo, quero abranger o escrito, o falado e o televisado. Esses dois gênios foram contemporâneos e nos brindaram com trabalhos inesquecíveis.

Nascido em Rancharia, interior de São Paulo, Orlando Duarte construiu uma carreira fantástica. Foi repórter, locutor, comentarista, cronista, escritor e executivo de grandes empresas de comunicação. Em jornais, escreveu para: A Gazeta Esportiva, A Gazeta, Mundo Esportivo, A Gazeta Esportiva Ilustrada, O Tempo, Última Hora e Diário da Noite. Como comentarista esportivo, atuou nas rádios: Bandeirantes, Jovem Pan, Trianon e Gazeta. Na televisão, narrou futebol pela TV Cultura, além de outros esportes e atuou como comentarista na Jovem Pan UHF, SBT, Globo, Bandeirantes e Gazeta.

Cobriu 14 Copas do Mundo, desde 1950, além de 10 Olimpíadas e escreveu mais de 30 livros sendo leitura obrigatória em redações esportivas e faculdades, abrangendo desde a história das Copas, passando pela história dos clubes de São Paulo, onde nutria paixão pela Portuguesa de Desportos, e chegando até às biografias, sendo a mais célebre a de Edson Arantes do Nascimento.

Na década de 60 foi o jornalista destacado para cobrir o magistral Santos pela Gazeta Esportiva, e viajava com o Peixe em todas as excursões ao redor do mundo. Daí nasceu a amizade com o Rei e posteriormente a autorização para escrever a biografia mais completa e real de Pelé.

Em 2007 interrompeu a carreira em função do estado de saúde. Teve derrame e após a Copa de 2018 foi diagnosticado com Alzheimer. Esteve internado antes de falecer por 3 semanas vítima de dois aneurismas e sintomas do coronavirus.

Uma inteligência e cultura privilegiadas que trabalharam por mais de 50 anos para o futebol. Comentários sempre coerentes, opinião firme, falava com clareza absoluta a ideia que tinha, não deixando margem a dúvida. Espelho para muitos profissionais (inclusive eu), Orlando Duarte deixa uma lacuna que não há como preencher.

Dizem que não há pessoas insubstituíveis. Mas Orlando Duarte levanta uma grande dúvida sobre essa afirmação. Deixa saudade aquela voz cativante, e aquele gol narrado na TV Cultura enquanto narrador: "Gol, Gol, Gol, esporte é cultura".

Saudade eterna Orlando Duarte. Agora deve resenhar diariamente em outro plano com o não menos gênio Armando Nogueira, trocando figurinhas e aposto que ambos sorrindo do futebol ridículo que se pratica hoje. Ou será que pela paixão que tinham, estão chorando porque viveram uma época em que se praticava o verdadeiro futebol? Só Deus sabe! Até mais!

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