Amigo do esporte,
com a chegada da internet multiplicou-se as maneiras de se ver e ouvir futebol. Mas para os saudosistas como eu, nada se compara a emoção do rádio e a imagem da TV. Me lembro ainda garoto ao lado de meu pai olhando para o rádio e imaginando o estádio, o jogo. Narrações inesquecíveis de Edson Leite, Pedro Luís, Fiori Gigliotti, Flávio Araújo, Aroldo Fernandes, Ênio Rodrigues, Joseval Peixoto e tantos outros.
Vibrava com "cruza para o arco e goooooool" de Edson Leite, "o tempo passa" de Fiori, "o que vale é bola na rede" de Ênio Rodrigues, "está brilhando a Taça de Prata" de Joseval Peixoto.
Quando meu time ganhava, assistia o videoteipe a noite, pois não tinha transmissão direta da TV. E na TV tinha Geraldo José de Almeida e seu "olha lá, olha lá, olha lá no placarrrrrrr" ou Raul Tabajara, ou Luís Noriega com o "taí o primeiro gol do Corinthians", ou Walter Abraão com seu "OXO".
Enfim, que coisa maravilhosa. Depois, tanto o rádio quanto a TV se modernizaram. Novas tendências de narração surgiram. No rádio, surgiu um gigante, inovador, de estilo inimitável: Osmar Santos. Transmissões repletas de bordões e num ritmo alucinante misturadas com verdadeiras poesias. Osmar revolucionou a narração esportiva no rádio.
A partir dele só sintonizava suas transmissões pelo rádio. E depois veio José Silvério, outro locutor que se notabilizou por narrar o jogo em cima do lance. Na TV surgiram dois ícones: Luciano do Valle e Galvão Bueno. Dois expoentes da transmissão esportiva televisiva.
Por mais que alguns contestem, Galvão é uma referência. Resumindo: a emoção do rádio permanece até hoje e não vai morrer nunca. Só o rádio é capaz de fazer puxar pela imaginação. O rádio traz a emoção na sua essência. A TV é mais fria. Tem a imagem e não dá pra se tentar florear. É a realidade que está a mostra. Mas com a melhora na qualidade da imagem e com uma cobertura contando com toda tecnologia atual, tornou-se a melhor opção visível.
Então, amigo do esporte, deixo claro aqui que para mim não há nada que se compare a emoção do rádio e a precisão da TV. "O resto, é o resto do restolho do restolhão do rebotalho de toda essa sabugada que anda por aí" como diria o excepcional colunista Antonio Guzman, que brilhou durante anos com sua coluna "20 Notícias" no extinto "Diário da Noite"! Quanta saudade! Meu Deus! Até mais!
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