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Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - O poder das organizadas

Amigo do esporte,


em meados da década de 60 começaram a surgir as chamadas na época "torcidas uniformizadas". Amigos se reuniam e formavam uma torcida uniformizada, algumas com batuque, outras com adereços de mão e todas com uma camisa que identificava a torcida. Era muito bonito de se ver. Ambiente saudável, famílias, amigos. Tinha criança, mulher, não havia discriminação. Era fácil identificar essas torcidas, pois tinham determinados lugares nos estádios onde se juntavam e formavam a torcida.

O tempo passou e surgiram então as "torcidas organizadas". Algumas delas oriundas das uniformizadas. No começo também era muito bonito. Apesar de atingirem uma proporção muito maior, cantavam, tocavam instrumentos, levavam rojão, papel picado, inúmeras bandeiras, uma mais linda do que a outra. Era um espetáculo nos estádios.

O tempo passou mais ainda e a coisa começou a mudar. O crescimento gigantesco, a infiltração de marginais, o tráfico de drogas, a violência, a intolerância, tudo isso fez com que se temesse cada vez mais as chamadas "torcidas organizadas".

Garanto que os fundadores das primeiras torcidas uniformizadas jamais poderiam imaginar que estavam criando um embrião que mais tarde viria a afugentar o torcedor do estádio. Essas torcidas têm 90% de pessoas do bem. Mas os 10% do mal acabam difamando e prejudicando os bons. esses 10 % não respeitam ninguém.

Brigam, batem, apanham, matam e morrem. E tudo as claras sob os olhares passivos das autoridades. A tal da impunidade. Pois bem, essas organizações hoje tomam conta dos clubes. Exceção feita ao excepcional, brilhante Paulo Nobre que quando presidente do Palmeiras, simplesmente cortou todo e qualquer privilégio dessas torcidas deixando claro que o Palmeiras não seria refém de ninguém.

Mas Paulo Nobre foi um só. Os clubes hoje vivem a mercê dessas facções que manipulam dirigentes, que coagem jogadores, que afugentam torcedores, que elevam o número de ocorrências policiais. Têm a capacidade de exigir troca de treinador, de obrigar dirigente a dispensar determinado jogador, invadem treinamento para aterrorizar jogador, desrespeitam autoridades e adentram o estádio com sinalizadores, barras de ferro, pedaços de pau e outros artefatos de guerra. E tudo com a conivência de diretorias incompetentes e subalternas desse câncer do futebol.

É muito triste saber que o clube através de seus dirigentes não tem mais autonomia para agir como quer, sem ter que pedir permissão para as chamadas "organizadas", que de organizadas não têm nada. Mas mandam e desmandam nos clubes.

É por esse e outros motivos que nosso futebol agoniza. A ponto de um jogador que estava defendendo um clube pequeno da Europa chegar num dos maiores clubes do Brasil e da América do Sul e dizer que está dando um passo atrás, está retrocedendo para poder no futuro dar outro passo a frente. Que triste! Que dor! Esse é o retrato de nossos clubes. Submissos a incompetência dos dirigentes e a fúria das "organizadas" . É o começo do fim! Até mais!

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