Amigo do esporte,
estamos chegando no ano de 2021. Depois de um ano totalmente atípico, onde vivemos confinados, mascarados, amedrontados, preocupados e esmagados por tanta notícia ruim de nossa mídia podre, graças ao Salvador conseguimos sobreviver e seguimos em frente.
A única coisa que permaneceu a mesma durante essa pandemia e esse ano foi o nosso futebol. Continua muito pobre. E o pior, não há a curto prazo no meu modo de pensar, um remédio para fortalecer o nosso débil futebol.
De décadas para cá, observamos um retrocesso sem precedentes em nossa maneira de jogar. Jogadores sem talento, sem personalidade, alguns sem caráter, sem patriotismo, mercenários, estrelas, comandados por dirigentes de atitudes escusas, opacas, mancomunados com empresários e patrocinadores, adeptos da "lei de Gérson" e com treinadores de ideias retrógradas, envelhecidos na teoria e paupérrimos na prática.
Junte-se a tudo isso, a displicência para com o torcedor, com dificuldade de transporte, estádios sem infra estrutura adequada, violência. Nossa! Quanta coisa pra se reparar, pra se consertar em um ano.
Não creio que tudo se resolva. Mas uma parte deveria se resolver. Por exemplo: o treinador poderia se atualizar, se reciclar para que pudesse inovar em alguns aspectos. O jogador poderia ser mais amadores, no bom sentido. Se empenhar um pouco mais em suar a camisa de quem o paga regiamente, parar de fazer palhaçada ao se jogar no chão em cada dividida, deixar de reclamar tanto do árbitro, respeitar o adversário e sobretudo parar de fazer coque no cabelo, arregaçar o calção para mostrar as coxas. E o dirigente deixar de pensar em levar vantagem, de "advogar em causa própria", de colocar seus interesse acima dos do clube, de ser honesto e transparente.
E também que se crie situações para que o torcedor seja atraído a voltar a frequentar os estádios. Quanta coisa, não? E tem mais. Esses são os itens mais importantes para que nosso futebol pudesse voltar a ser respeitado no mundo. Porém, acho difícil que qualquer uma dessas expectativas se concretizem. Vou mais além: ouso dizer que esse cenário só vai se modificar o dia que nossa Seleção ficar fora de uma Copa do Mundo. Porque é só isso que falta para completar a lista de vexames que estamos passando. Você não acha? Até mais!
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