Amigo do esporte,
o futebol paulista está de volta. Eu já expressei minha opinião sobre isso. Nunca fui favorável a essa paralisação. Eu pergunto: a paralisação do futebol diminuiu o número de mortos ou infectados nesse período de um mês? Não houve mudança alguma nos números em função da parada do futebol. Bastava que se seguisse o protocolo a risca e que se pusesse em prática o que se determinou agora: jogos após as 20 horas e testes pré jogo.
Era só haver um consenso e um entendimento como aconteceu agora. Tenho plena certeza que muitos ficaram em casa nesse final de semana a noite para acompanhar os jogos. Consequentemente, o risco de contágio diminuiu. Era óbvio que o simples fato de se proibir futebol não iria interferir em nada no combate ao vírus. E que outras proibições seriam mais importantes.
No entanto, o futebol foi o bode expiatório. O que mais me deixou intrigado foi o fato de que os outros grandes centros do futebol, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e centros menores mantiveram seus campeonatos. Por que? O vírus lá é diferente do daqui? Lá ele não ataca o torcedor? Realmente, seria válida a parada se todo o país estivesse sem futebol. Mas o futebol paulista voltou.
E agora volta com uma overdose que pode saturar as equipes, que passarão a jogar de dois em dois dias basicamente. Então, além da paralisação não ter contribuído em nada com a diminuição do contágio, vai agora sobrecarregar as equipes, lembrando que o Campeonato Brasileiro começa em final de maio. Como chegarão nossas equipes para essa competição? Coisas do futebol brasileiro. E é por isso que venho dizendo sempre: enquanto tivermos fora de campo dirigentes incapazes, inaptos e de caráter duvidoso, e dentro de campo crianças deslumbradas com cabelos, chuteiras, calções no meio das coxas, travestidos de jogadores não ganharemos nada. Até mais!
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