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  • Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - O esporte brasileiro não reconhece ídolos

Amigo do esporte,


infelizmente nossa cultura não é pródiga em cultuar e reconhecer ídolos. Aliás, nós não cultuamos ídolos mesmo. Claro que não estou generalizando. Existem pessoas como eu que admiram sim, que enaltecem sim, ídolos em diversos setores da vida. Mas no geral, e falando no meio do esporte, tem atletas que morrem no anonimato depois de atingirem feitos extraordinários. Quem por exemplo, conhece ou ouviu falar de Éder Jofre? Pois foi um dos maiores pugilistas da história do boxe mundial. Campeão em duas categorias, está entre os cinco maiores lutadores de todos tempos em sua categoria eleito pro publicações dos Estados Unidos, capital mundial do boxe. No entanto, com Alzheimer, está esquecido por nós, mas foi homenageado no início do ano pelo Conselho Mundial de Boxe.

E quem já ouviu falar de João Carlos de Oliveira? Difícil achar alguém que tenha ouvido falar ou que tenha conhecido o feito de "João do Pulo". 17,89 mts. no salto triplo, recorde quebrado somente 17 anos depois. Um feito histórico que o coloca entre os maiores saltadores de todos os tempos. E tem mais gente.

Vários outros atletas esquecidos e relegados ao ostracismo. E não se precisa ir longe. Falando de atletas atuais, Gustavo Kuerten, nosso "Guga", tem mais reconhecimento lá fora. Convidado de honra em todas as edições de Roland Garros, foi tri-campeão lá, além de ter chegado ao topo do mundo sendo o número um do ranking, algo inimaginável em nosso tênis antes dele.

E o que dizer de Emerson Fittipaldi, o precursor da febre de F1 no Brasil conquistando um bi-campeonato e dois vices em quatro anos, algo impensado para nosso automobilismo da época. E nessa categoria teve também, Nelson Piquet, tri-campeão, e que ninguém fala nele, não se ouve falar em Nelson Piquet. Um tri-campeão de F1 numa época em que só tinha craque. Só mesmo Ayrton Senna é lembrado e com justiça. Pelo menos um, não é verdade?

E tem, também, gente que não damos valor só porque não conseguiu ser campeão. Um deles é Rubens Barrichello. Como negar o talento de um piloto que tem mais de 450 largadas em GPs de F1? Como não admitir talento em um piloto que foi campeão em todas as categorias que passou exceto na F1?

Como não respeitar o piloto mais procurado para conselhos em todas as categorias que passou? Como desprezar um homem tão simples, tão humilde? Como rejeitar o rótulo de campeão para um piloto que depois de abandonar a F1 e as pistas, recebeu um convite para dirigir numa escuderia da Stock Car e foi campeão mesmo depois de ter abandonado tudo?

Gente, escrevo essa coluna porque não consigo engolir o desrespeito com esse rapaz é tratado. O quão desprezado e achincalhado é esse grande piloto e grande homem. Peço que tenham um pouco de consideração com Barrichello. Talvez seu único pecado tenha sido aparecer na mídia depois de Ayrton Senna. E como o brasileiro gosta de comparações, foi inevitável crucificar o piloto. Barrichello merece nosso aplauso, nosso reconhecimento. "Barrica", você é um de meus ídolos e eu te reverencio. Até mais!

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