Amigo do esporte,
bons tempos aqueles em que podíamos apreciar a verdadeira arte no futebol. Tínhamos grandes talentos em todas as posições. Grandes craques de verdade. Mas uma posição era a mais atraente, a mais espetacular. O meia armador era o cérebro do time. A bola tinha sempre que passar por ele. E a partir daí a bola era tratada com todo o carinho.
Tivemos nomes imortais nessa posição. Aliás, era no meio campo que residiam os maiores craques. Quem não se regozijou ao ver Didi, Gérson, Rivellino, Ademir da Guia, Dirceu Lopes, figuras sempre carimbadas em álbuns de figurinhas e que tiveram méritos de sobra para isso.
Depois dessa safra ainda tivemos alguns nomes de destaque. Não com tanto brilho. Mas se sobressaindo ante os demais. Vou citar alguns que, na minha opinião, foram diferentes nessa mudança porque passou o futebol.
Pita foi um deles. talento, desenvolvia o jogo de forma inteligente, vistosa. Douglas foi outro que punha a bola onde queria. Lançamentos perfeitos colocavam os atacantes na cara do gol. E para mim o único remanescente dessa fase gloriosa de nosso futebol, Ganso ressurgiu no Fluminense graças a chegada de Fernando Diniz.
Ver Ganso jogar hoje, já veterano, nos leva de volta aos tempos áureos do futebol. Que elegância, que talento, que sabedoria. Ganso, assim como os craques que citei de outrora, deveria jogar de fraque e cartola. Infelizmente o "10" hoje está extinto. Salvo Ganso, o que existe hoje são 10 que não valem 5.
Jogadores comuns que acham que são craques, com suas bandagens na mão, seus calções arregaçados mostrando as coxas, com suas chuteiras coloridas, cabelos coloridos e com penteados chamativos, achando que são os donos da bola.
Lamentavelmente hoje, o jogador de futebol é tudo menos jogador de futebol. São artistas canastrões que se acham acima do bem e do mal. Quanta saudade do tempo em que o jogador de futebol era homem acima de tudo. Homem na acepção do termo. Comprometido com o time, com o torcedor, com o colega. Honrava a camisa. Ganhava pouco para o talento que tinha, mas era humilde.
Hoje o que se vê é um bando de pés-de-rato que só pensam neles, que fazem de tudo para aparecer para empresários e esquecem do coletivo. Só querem se promover. Lamentável!
Tem muita gente que me critica por seu saudosista. Mas como não ser? Vi, com certeza, a maior safra de jogadores de todos os tempos. E não só brasileiros. Como posso me contentar vendo esses pseudo craques maltratarem a bola? É por isso que fico aqui com minhas recordações que tanto bem fazem ao meu íntimo. O fim dos meias armadores decretaram o fim do futebol! Até mais!
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