Amigo do esporte,
a trajetória brilhante de Lionel Messi no Barcelona parece ter chegado ao fim. Depois de aos oito anos ter ingressado no Newell's Old Boys, aos treze anos foi levado para o Barcelona. Sofria de raquitismo e nenhuma equipe da Argentina, inclusive o Newell's quis bancar o tratamento.
Chegando no Barcelona em 2000 aos 13 anos, foi colocado na equipe C do clube catalão. Ao mesmo tempo em que desfilava seu refinado futebol, se tratava da doença com médicos espanhóis especializados que prestavam serviço ao Barça. Livre do problema, em 2004 passou a atuar pelo time B. E meses depois, já foi guindado ao elenco profissional.
Foram vinte anos de namoro, noivado e casamentos perfeitos. Títulos para ambos, projeção, dinheiro, reconhecimento mundial, tudo de bom aconteceu ao longo desses anos. Mas o que começa tem meio e fim. E o final chegou. A separação será dolorosa, sem dúvida.
Vinte anos não são vinte dias. Mas não há mais aquele ímpeto, aquele frescor da primeira noite, da primeira vez, não há mais paixão. Existe, sim, um grande amor. Mas já maltratado pelo tempo. Gasto, por tantas tardes e noites memoráveis.
Há quem diga que quando se ganha tudo, perde-se a gana, a vontade. O tempo é inexorável. O tempo acomoda tudo. Perdemos entes queridos, amigos, sofremos um determinado período. Depois, o tempo vai amenizando o sofrimento e transformando em saudade.
Creio que tenha chegado a hora do adeus de Messi ao Barcelona. E precisa ser sem traumas, sem ressentimentos, sem sofrimento. A simbiose foi tão grande que não há motivo para uma separação traumática. É agora que Messi precisa respirar novos ares.
"La Pulga" precisa de motivação pra voltar a ser o gênio. Depois de carregar por um bom tempo o Barcelona, e conviver por um curto período com um time galático que tinha Luís Soares e Neymar como companheiros, e antes Iniesta e Xave, agora tudo é passado.
O jogo contra o Paris Saint Germain evidenciou um Messi desmotivado, apático, sonolento, enfastiado. Muito diferente daquele gênio com brilho nos olhos, dribles desconcertantes, lançamentos primorosos, passes geniais, finalizações mortais. Aquele gênio que deu muitos títulos ao Barcelona como que a agradecer o que o clube catalão fez por ele no início de carreira.
Por isso não há dívida de um para com o outro. O casamento foi perfeito. Deu frutos até mais do que se esperava. Agora, para o bem dos dois, é necessário que cada um siga para um lado. Messi continuará sendo "La Pulga", o gênio. E o Barcelona continuará sendo o "Barça. Més Que Un Club"! E vida que segue! Até mais!
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