Amigo do esporte,
teve início nessa semana o Mundial Feminino de Futebol. A modalidade que se tornou febre no Brasil, graças a imprensa que quer que engulamos essa competição. Por vezes essa saturação leva ao desprezo. Tenho tido contato com pessoas que de tanto ver e ouvir sobre isso, já me avisou que não quer nem saber da competição. E outras vão mais além ao dizer que torcem para que nossa Seleção seja eliminada o quanto antes.
Tudo que é demais satura. A insistência em promover o evento com chamadas e comerciais (alguns até de mau gosto) estão tendo resultado inverso. Ninguém aguenta mais. Querer forçar uma barra dessa maneira é insuportável. Jamais o futebol feminino terá o apelo do futebol masculino. Isso não é preconceito e nem discriminação de minha parte. É um fato!
O futebol masculino atingiu um status insuperável. Chegou ao Brasil em final do século 19. Tem cinco títulos mundiais, atingiu um nível de profissionalismo que gera quantias astronômicas. Gerou inúmeros craques reverenciados no mundo. Não há como comparar. Não queiram nos fazer engolir uma modalidade que pode se tornar atraente sim. E deve. Mas tudo tem seu tempo.
Para que se tenha uma ideia da febre que se instalou com essa imposição do futebol feminino, jogadoras australianas reclamaram formalmente junto a FIFA a premiação do campeonato, alegando que a quantia equivale a quarta parte do valor do futebol masculino.
Que barbaridade. A FIFA paga a premiação de acordo com o valor que arrecada. Acho, sinceramente, que é muito pagar essa proporção para um esporte cujo mundial a FIFA teve que distribuir 20 mil ingressos por falta de procura. A diferença de produto é incomensurável.
O volume de dinheiro que movimenta o futebol masculino é infinitamente superior ao do feminino. Mas em função de todo alarde provocado pela mídia, elas acham que tem direito a um valor próximo do futebol que verdadeiramente nos encanta e nos move.
Que pena que chegamos num ponto em que muitas vezes gostaríamos de falar tanta coisa, mas que infelizmente poderíamos ser interpretados de forma errada. Então temos que engolir um futebol que tenta ganhar popularidade sem ter nenhuma representação que possa elevá-lo a condição de respeitado. Tomara que após esse evento a coisa mude. Mas, sinceramente, acho que pelo que o Brasil fez até agora no futebol feminino, não condiz com toda essa euforia e insistência. Até mais!
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