Amigo (a) do esporte, uma das maiores rivalidades, senão a maior do Brasil, vive momento de antagonismo. O presente da metade verde de Campinas é auspicioso. Thiago Carpini assumiu o time num momento crítico. O Bugre estava na zona de rebaixamento, desesperado, desrespeitado por seus adversários. Qualquer time que aparecesse no Brinco, propunha o jogo, ditava o ritmo da partida e, invariavelmente, arrancava pontos para desespero de sua torcida. Carpini era uma opção de emergência, um interino, um tapa-buraco. Pois bem, sua primeira atitude foi conquistar o elenco. Com um trabalho franco, direto, olho no olho, ganhou a confiança dos jogadores. Depois, foi aos poucos implantando sua filosofia de jogo. E o time entendeu e correspondeu.
Não só se livrou do rebaixamento, como deixou uma esperança de que o Guarani fosse disputar o Paulista sem passar susto, fazendo uma campanha confortável sem pensar em rebaixamento. Pois o Bugre foi muito além da expectativa. Antes da paralisação jogou bem, readquiriu a confiança perdida e colheu resultados tão significantes que está a um passo da classificação para as quartas-de-final do Paulista, com uma vantagem enorme sobre ninguém menos do que o Corinthians que agoniza e está praticamente fora da competição.
Com algumas contratações pontuais, o time se prepara para uma Série B tranquila. Acesso? Talvez. Antes, tem que garantir a vaga no Paulista. E sonhar com o acesso a elite do futebol brasileiro não custa nada.
Já o lado alvinegro sofre com um péssimo planejamento da diretoria anterior e um sofrível início da nova administração que parece estar se recuperando. Insistir com Gilson Kleina foi um erro crucial. Jamais o time teve padrão de jogo. Perdido a cada rodada, depois de um início onde criou expectativa de acesso em 2019, caiu vertiginosamente até ficar no meio da tabela. Porém, nunca convenceu.
Contratações que não deram certo, perda de jogadores e insistência com o treinador provocaram preocupação na torcida para o Paulistão. E o prognostico negativo foi se confirmando a cada rodada. Derrotas fora e dentro de casa, péssimo futebol e instabilidade emocional dos jogadores a cada rodada levaram o time a zona de rebaixamento. A Ponte ocupa hoje a última colocação na tabela. Situação dramática. Precisa vencer os dois últimos jogos e ainda torcer por outros resultados. A chegada de João Brigatti deu um alento por seu estilo vibrante de comando.
Novas contratações, agora mais convincentes, podem fazer com que a Macaca possa fazer uma boa campanha na Série B. Mas antes, precisa pensar seriamente em não passar o vexame do rebaixamento no Paulista. O maior problema é controlar a ansiedade, domar a instabilidade emocional. Colocar os nervos no lugar será fundamental para o sucesso nesses dois próximos e decisivos jogos.
Como veem, as duas equipes vivem momentos distintos, como já aconteceu por várias vezes. Resta saber como irão se portar na volta do futebol. O Guarani vai manter o padrão e continuar apresentando um bom futebol? E a Ponte Preta ? Será que vai conseguir se recuperar e evitar o rebaixamento, deixando a situação mais tranquila para a Série B? Só o tempo dirá! Até mais!
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