Amigo do esporte,
Não é de hoje que o futebol brasileiro precisa se modernizar. A falta de uma conquista representativa no meio internacional mostra isso. O Brasil parou no tempo. Dormiu em berço esplêndido. Achou que nome, camisa e tradição sozinhos ainda pesam. Claro que pesam. Desde que acompanhados de evolução. Nosso futebol se modernizou onde não deveria. Ou deveria, se acompanhado de evolução também fora do campo.
De nada adianta arenas modernas, gramados perfeitos, infra estrutura, chuteiras e camisas leves e cheias de propaganda se o futebol baixa de nível a cada dia. Não temos mais craques. Clubes endividados até o pescoço, salários atrasados. O marketing no futebol brasileiro se restringe apenas ao patrocínio nas camisas.
Não há uma visão mais ampla para se gerar mais receitas. O acordo com a TV é feito no desespero. Os clubes aceita m qualquer valor, uma vez que devem a TV, antecipam cotas e ficam assim de mãos atadas e subservientes. Dirigentes inoperantes e que advogam em causa própria. Não estão nem aí para os clubes.
A primeira medida de modernização que se tem que tomar, é responsabilizar o presidente do clube com relação a finanças. O dinheiro é do clube e não dele. Por isso tem que se responsabilizar por ele. Mostrar onde gastou, por que gastou. E caso tenha gasto mais com que podia ou de forma desnecessária, deve prestar contas. Os clubes deveriam ter mais direitos sobre os jogadores. Não há incentivo para a formação de jogadores com a legislação atual. O clube investe, gasta e pode perder o garoto sem apelação.
Inadmissível a postura do jogador hoje. Se acha dono do clube. Faz o que quer e sempre tem quem passe a mão na cabeça. Jogador que tem que ter mais compromisso com o clube que defende. Tudo bem que os tempos são outros. O amadorismo já vai longe. O amor a camisa também. Mas há que se ter um mínimo de comprometimento. Enquanto o jogador for endeusado, enquanto qualquer "zé mané" que fizer uma jogada for chamado de craque, vamos ficar nesse marasmo.
Existem jogadores intocáveis nos clubes e na Seleção. Isso é amadorismo puro. Estamos na era profissional. Correspondeu, é titular, é convocado. Está numa fase ruim, fora. Simplesmente isso. Banco. Não há mais lugar no futebol para paternalismo, protecionismo. O último título conquistado em 2002, e lá se vão 18 anos, o time titular tinha Kléberson, Gilberto Silva, jogadores desconhecidos, mas que mostraram que deveriam merecer a titularidade.
Hoje vemos sempre os mesmos. Bem ou mal, estão sempre na lista. Ou estão mandando nos clubes que defendem. Precisamos de uma restruturação urgente em todos os setores desse esporte, se quisermos um dia um título. Do jeito que está, nunca, eu disse nunca mais ganharemos nada de expressão. Copa América, Copa das Nações, isso não interessa. Como diz o "Locutor Emoção" Alberto César; "quem conhece o ótimo, o bom não é suficiente." Mudanças já! Até mais!
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