Amigo do esporte,
a situação do mundo é caótica com relação a essa pandemia. Todos estamos sofrendo terrivelmente. E justamente por causa disso eu venho aqui protestar veementemente contra a atitude dos jogadores de futebol do Brasil.
Eles pensam que estão acima da razão, do semelhante. Com salários astronômicos, vida pra lá de boa, holofotes sempre em cima, bajulações por parte de uma parte da imprensa, enfim diante de todas essas mordomias e aliando-se a isso a falta de cultura e educação, se colocam como superiores a todo o mundo.
Nessa semana que passou e início dessa semana, dois fatos me causaram uma profunda revolta. O primeiro deles diz respeito a atitude de Jô e Otero, dois jogadores do Corinthians que, em pleno surto da pandemia no clube, resolveram passar o dia num resort sem máscaras e sem o menor cuidado. O outro foi com Gabigol, detido num cassino clandestino com 150 pessoas, a maioria absoluta sem máscara.
Confesso que estava esperando uma punição rigorosa aos jogadores por tamanha irresponsabilidade colocando em risco as próprias vidas e do semelhante. Mas para minha surpresa, nada aconteceu a eles.
Jô e Otero jogaram contra o São Caetano. E a diretoria do Corinthians sequer veio a público para dar uma satisfação aos mais de 30 milhões de torcedores. O mesmo aconteceu com Gabigol que alegou "falta de sensibilidade" dizendo que foi no cassino comer. Sem contar a arrogância com que enfrentou os policiais.
O mais triste de tudo isso, é que o dirigente nessa hora ao invés de fazer pulso firme e punir severa e rigorosamente o jogador, simplesmente passa a mão na cabeça e faz vista grossa. É por isso que o nosso futebol está nessa draga. O jogador faz o que quer porque encontra respaldo nos dirigentes medíocres que se acovardam diante desses pseudo craques. E esses pseudo craques ainda posam de vítimas como se nada fizesse de errado.
Tudo acobertados por dirigentes inexpressivos. Aliás, eles se merecem. Jogadores ridículos têm apoio de dirigentes ridículos. Esse é o retrato do nosso futebol. Lamentável! Até mais!
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