Amigo do esporte, tenho dito sempre que o jogador de futebol hoje se acha um ser supremo. Acredita que pode fazer o que bem quer sem raciocinar sobre o que pode gerar certos atos. Ryan, jogador do Corinthians, dias atrás, ao comemorar um gol num jogo que era considerado de alto risco no Peru contra o Universitário, tirou a camisa e mostrou para a torcida, num ato impensado que causou pânico e instigou a torcida e os jogadores peruanos para insurgirem contra os brasileiros com violência e indignação.
Por pouco não tivemos uma tragédia, pois os peruanos chegaram a agredir policiais que deram segurança ao Corinthians. Uma atitude irresponsável do jogador poderia gerar um conflito de grandes proporções num estádio abarrotado por mais de 80 mil torcedores. O clima era hostil pela detenção de um membro da comissão técnica do time peruano no Brasil por ter praticado ato repugnante de racismo.
Na terça-feira passada, Corinthians e São Paulo fizeram o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. O jogo na Neo Química Arena foi cercado de muita expectativa pela rivalidade dos times, por um tabu existente e por ter caráter eliminatório, apesar de ser o primeiro jogo. Por tudo isso tratava-se de um jogo de alto risco. Arena lotada, maior público de sua história, o jogo transcorria normalmente. O Corinthians vencia por 1x0 quando Luciano, aquele mesmo que quando atuava pelo Corinthians teve uma grave contusão e ficou 6 meses parado, mas recebendo o salário e se recuperando no Corinthians que o deixou apto a seguir a carreira, empatou o jogo.
O time do São Paulo correu para abraçá-lo, mas ele se esquivou e num gesto impensado, imaturo e não sei se por raiva ou qualquer motivo idiota que seja, correu para o corner e chutou a bandeira do Corinthians. E não satisfeito foi até a torcida e desafiou os torcedores que ali estavam.
Resultado disso é que choveram isqueiros, tênis, copos de todos os líquidos possíveis. Claro que o torcedor está errado. Não se pode atirar objetos no campo de jogo, pois pode ferir até com gravidade. Mas aí é que eu me pego pensando: o que faz um cidadão experiente, cascudo, comemorar desse jeito na casa do adversário?
E principalmente quando esse mesmo cidadão quando de um São Paulo x Palmeiras no Morumbi, foi tirar satisfação com Rony, jogador do Palmeiras, que fez um gol e foi comemorar defronte a torcida tricolor?
Uma atitude irresponsável, idiota, que poderia desencadear uma tragédia. Até quando o jogador de futebol vai pensar que pode tudo? Talvez até o dia em que a massa insurgir no gramado e cause uma tragédia de consequências irreparáveis.
É preciso que se tenha consciência de que o futebol hoje não é mais uma diversão. Infelizmente. O futebol hoje é coisa séria, muito séria. E se o jogador não se conscientizar disso, logo estaremos lamentando um mal maior. Menos soberba, menos empáfia. O momento é de consciência! Antes que seja tarde! Até mais!
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