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Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - E a Gratidão? E o amor a camisa?

Amigo do esporte,


tenho uma imensa saudade do tempo em que jogador honrava a camisa que vestia. Jogava por amor, por paixão. Não se ganhava valores milionários que se ganha hoje. O jogador era preso ao clube, mas não deixava de cumprir com sua obrigação. Se empenhava, se entregava de corpo e alma ao seu clube. Tudo por amor a camisa e amor a profissão. O jogador gostava de jogar futebol. Era um prazer. Muitas vezes assinava contrato em branco como gratidão pelo clube o ter revelado, dado apoio, dado condição de se tornar ídolo, famoso.

O caso mais emblemático é o de Garrincha, que assinava contratos em branco no Botafogo como reconhecimento por tê-lo feito Garrincha. O jogador daquela época ganhava um salário que permitia viver bem. Alguns esbanjavam e acabaram a carreira na miséria. Mas aquele que sabia guardar tem hoje uma vida tranquila.

Estou discorrendo sobre esse tema porque nos dias atuais, qualquer garoto que faz cinco, seis partidas no profissional já endurece na hora de renovar. Se esquece que se não fosse o clube não estaria na mídia, não seria notado, não seria ninguém. Infelizmente as leis atuais só protegem o jogador. O clube às vezes forma o garoto e depois assiste sua despedida de forma melancólica. A lei não ajuda os clubes.

Um caso específico na atualidade é o de Gabriel Pereira do Corinthians. Ficou contundido por um tempo após ter sido um dos principais jogadores da Copa São Paulo. Era uma promessa. Com Mancini começou a aparecer e depois com Sylvinho tornou-se titular absoluto. Como está há menos de seis meses para acabar o contrato, pode assinar um pré-contrato com quem quiser. E o clube corre enorme risco (eu diria que é fato consumado) de ver o garoto sair de graça, sem receber um tostão.

Agora eu pergunto: onde está a gratidão? Quem era Gabriel Pereira há seis meses atrás? Pois ele foi criado no Corinthians e agora dá as costas a tudo o que o clube lhe proporcionou ao longo de anos. Estrutura, salário, acompanhamento, alimentação, médico, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, enfim todo um staff para que tivesse alto rendimento, além de uma vitrine gigantesca que é o Corinthians.

No entanto, como pode sair de graça e vender seu passe sem ônus nenhum, esquece tudo o que o clube lhe proporcionou e só pensa no dinheiro que pode ganhar. Atitude sórdida. Eu sou um dos poucos que critica veementemente o posicionamento do jogador de futebol atual. Confesso que sinto nojo às vezes de atitudes tão rasteiras como essa. O jogador de hoje só pensa em si, em se promover, ganhar dinheiro e o clube que se exploda. É por isso que não vamos ganhar mais nada.

Enquanto não tivermos homens jogando futebol, de caráter, sem penteados, sem calções agarrados, sem fones de ouvido, sem aparato, apenas pensando em jogar bola, seremos coadjuvantes. Por isso, Gabriel Pereira, acho que o Corinthians não deve fazer loucura para mantê-lo. Se você está endurecendo porque já pode sair, que saia. Você é mais um entre tantos que não era ninguém, não é ninguém ainda e pode não ser ninguém no futuro, mas que se acha um grande jogador de futebol.

Vá com Deus! Você é mais um mal agradecido entre tantos que só querem dinheiro e fama. E esse é o motivo pra que eu sinta nojo da maioria dos jogadores de futebol de hoje. Até mais!

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