Amigo do esporte,
já de algum tempo, o futebol feminino faz uma série de reivindicações para tentar justificar fracassos. Sei que vou causar polêmica, mas o fato é que estou cansado de desculpas para resultados negativos. As mais variadas possíveis. Desde falta de apoio passando por falta de estrutura e chegando até a solicitação de equiparação salarial com o futebol masculino. Bem, em primeiro lugar o futebol feminino tem apoio sim.
Concentra na Granja Comari, tem toda estrutura e ainda tem diária equiparada ao futebol masculino. Em segundo lugar, a mídia apoia sim, o futebol feminino. Um emissora de TV aberta cobre o Campeonato Brasileiro e uma fechada do mesmo grupo também. E para finalizar, essa solicitação de equiparação salarial é no mínimo descabida. Perdão! O futebol masculino só passou a ter cifras salariais astronômicas há três décadas.
De meados de 1990 para cá. Em 1958 quando do primeiro título mundial, jogadores andavam de trem, treinavam de bicicleta. Foram a Suécia sem estrutura também. E ganharam o Mundial. Veio 1962 e a coisa não foi diferente. Outro título. Em 1970, jogadores como Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Carlos Alberto, Jairzinho, ganhavam salários irrisórios em se comparando com o que se ganha hoje. E no entanto, ganhavam títulos, exibiam um futebol maravilhoso e não reclamavam de salário, de estrutura, de mídia.
Até porque, naquele tempo a mídia se resumia no rádio primeiro e depois na TV. Agora vem a Dona Marta, que ganhou muitos títulos lá fora pelos clubes que passou, mas não ganhou nada de expressão com a Seleção, dizer nos microfones que falta apoio, que falta estrutura, que quer equiparação salarial com o futebol masculino.
Senhora, apesar de reconhecer seu talento, de aplaudir por ter sido a melhor do mundo, ganhe alguma coisa com a Seleção e depois reivindique. Aposto que o que a senhora ganha hoje, é muito mais do que esses grandes monstros sagrados ganhavam na época, isso transportando o salário deles para hoje. Dificilmente naquela época esses jogadores ganhavam proporcionalmente o que a senhora ganha. Então, fale menos e produza mais.
A senhora se escondeu nessa Olimpíada, jogou sob protesto, ajudou a derrubar o ex-treinador, o falecido e querido Vadão e agora vem querer reivindicar. Trabalhe, conquiste, não se omita como se omitiu nessa Olimpíada. Acho até que seu ciclo na Seleção terminou. Ainda bem.
Obrigado pelos serviços prestados, embora sem expressão. Mas deixe a Seleção em paz. Deixe que outras meninas assumam o protagonismo. Meninas que jogaram por elas e por você. Chegou a hora, minha senhora. Seja feliz e sinceramente, apesar de todo seu talento, não fará falta a Seleção.
Você teve anos, décadas pra ganhar alguma coisa expressiva com a camisa amarela. Títulos de verdade. Mas não conseguiu. Se colocou sempre a frente das colegas e até da própria Seleção. Espero que tenha sido sua última participação nela. Boa sorte nos times que for jogar, fique por lá. Pra fazer o que você fez nessa Olimpíada dentro e fora do campo, é melhor parar. Passar Bem! Até mais!
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