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Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - Do choro ao riso

Amigo do esporte, 


Todo mundo sabe que a vida é feita de fases. Criança, adolescente, jovem, adulto e idoso. O que vou relatar aqui, é aquilo que senti ao longo da vida com relação ao futebol. Vivo dele e vivia ele. E por que vivia ele? Vamos aos fatos.

Fui fanático pelo meu time a ponto de fazer loucuras inacreditáveis. Desde viagens homéricas como a invasão de 1976 ao Maracanã, até chegar ao estádio seis horas antes do início do jogo. De comprar três jornais no dia seguinte ao jogo até pedir autógrafos em camisas desbotadas. Mas nunca chorei por uma derrota. Já chorei por vitória. Mas não por derrota. Mas quero mesmo falar do amor que tinha pela nossa Seleção.

A única vez que chorei  de tristeza pelo futebol foi em 5 de julho de 1982. A derrota do Brasil para a Itália naquele fatídico 5 de julho me fez chorar desbragadamente. Isso porque naquele tempo dava gosto ver futebol, dava gosto ver nossa Seleção.

Craques, futebol envolvente tivemos desde a década de 30 até início do século. Então eu venerava a Seleção e amava futebol. O tempo foi passando, o jogador passou a ganhar cifras astronômicas, deixar de lado o patriotismo, pensar antes em se promover do que se entregar ao jogo, e uma série de outros detalhes que fizeram com que estejamos há muitos anos sem uma conquista de expressão.

Os pseudo craques não nos deram mais alegrias. E aí me pego vendo um jogo de vôlei do Brasil e tanto no feminino quanto no masculino, vejo jogadoras e jogadores emocionados, cantando o hino com respeito absoluto, algumas e alguns até com algumas lágrimas. Então voltei a chorar.

Chorar de emoção ao ver atletas que realmente estão ali para defender seu país. Vencer ou perder é consequência de jogo. Mas não falta entusiasmo, entrega, luta, paixão pelo que faz. É o maior exemplo para nossos falsos craques que pensam que tem o rei na barriga.

Se chorei com a Seleção outrora e chorei agora com as Seleções de Vôlei, hoje os "grandes craques" me provocam acessos de riso. Riso de tanta mediocridade, de tanto desprezo, riso de tanta incompetência e, principalmente, riso de desespero em saber que já fomos os melhores e hoje não passamos de piada! Até mais!

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2 Comments


Fabio Campioni
Fabio Campioni
Jul 03

Excelente e lúcido seu Post Caro Jota... Parabéns

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Edivalmir Massa
Edivalmir Massa
Jun 27

E todas essas fases passam, como um sopro e muitas vezes nem lembranças ficam, isso nos indica que o que temos na vida é apenas o TEMPO, esse é precioso e muitas vezes não sabemos utiliza-lo e perdemos muito tempo em bobagens van!!!

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