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  • Foto do escritorJota Jorge

Opinião Objetiva - Desempenho vs. Dificuldade

Amigo(a) do esporte,


na última quarta-feira tivemos a decisão do Campeonato Carioca. No Maracanã, Flamengo e Fluminense faziam mais um clássico decisivo. Aliás, o clássico mais charmoso do Brasil. Se em outras oportunidades chamava a atenção pela emoção, pelo equilíbrio, atualmente a disparidade é tanta que existia quase que a total certeza de que o lado rubro negro sairia vencedor. Só não se poderia cravar porque o futebol é imprevisível.

Dos esportes coletivos, é o único em que nem sempre o melhor vence. Mas tomei como exemplo essa decisão para atribuir o desempenho a dificuldade. Sim. É isso mesmo. Por incrível que possa parecer, o ser humano tende a se acomodar diante de um obstáculo facilmente transponível. É inato. A medida em que a dificuldade diminui, o desempenho diminui também. E vice- versa.

Diante de uma grande dificuldade, existe a superação, um desempenho maior. O nível de concentração é fundamental. E aumenta a medida em que aumenta o grau de dificuldade. Isso ficou patente na decisão de quarta-feira. O Flamengo começou o jogo esperando pela atitude do Fluminense. O Tricolor havia mostrado audácia e agressividade em dois jogos anteriores. Esperava-se o mesmo Fluminense. Lutador, incansável na busca do gol, embora frágil tecnicamente. Mas não foi isso que aconteceu.

O time ficou lá atrás, jogando por uma bola e apostando no erro do Flamengo. E o Flamengo, percebendo isso, descobriu o quão frágil era o adversário, jogava pelo empate. E diante da inferioridade do oponente, se desinteressou pelo jogo.

Passou a tocar a bola, arrastando o jogo de uma maneira até negligente. O que se viu foi um jogo feio, amarrado, sem emoção, que acabou premiando o time de melhor qualidade. Aliás, de qualidade indiscutivelmente superior. A vitória veio sem esforço. Um gol contra nos acréscimos. Aquele Flamengo que estamos acostumados a ver não apareceu até agora pós pandemia. A fragilidade dos adversários não permitiu.

Perdeu o segundo turno para que tivesse graça. Teria que ter uma decisão. Mas o futebol bonito, insinuante, agressivo não apareceu. Com certeza se a dificuldade fosse maior, o empenho seria proporcional. Uma coisa é o Flamengo enfrentar o Grêmio, o Palmeiras. Outra é enfrentar o Fluminense. Com todo o respeito que o Tricolor merece.

Pelo passado, pela história, pelos torcedores ilustres. Mas hoje não é páreo pra times de ponta. Deu pro gasto, Mengão. Mas quero ver no Brasileiro, onde o grau de dificuldade é muito maior. Aí quem sabe teremos de novo aquele futebol que nos encantou no ano passado. Até mais!



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