Amigo do esporte,
os casos de Daniel Alves e Robinho tiveram a coincidência do julgamento quase que simultâneo. E ambos foram condenados pela justiça espanhola e pela brasileira nessa ordem. O que mais me deixou intrigado foi que não vi nenhum jogador emitir opinião sobre os fatos. Fosse para concordar ou discordar das sentenças, mas o fato é que a omissão me deixou decepcionado mais uma vez. Digo mais uma vez porque já é sabido que a classe do jogador de futebol é extremamente desunida. Estamos cansados de ver absurdos de torcedores pressionando jogadores, agredindo até. É no aeroporto, nos CTs , nos estádios, em todo lugar o torcedor se acha no direito de intimidar, pressionar e agredir o jogador. E nunca soube de nenhum movimento no intuito de uma mobilização para a paralisação da rodada ou do campeonato por parte dos jogadores.
São ameaçados, são ofendidos, agredidos e ainda por cima se prestam a conversar com as torcidas organizadas. Não há engajamento. Não há união. É cada um por si. E quando um jogador se manifesta sobre um tema que não seja o futebol, tem gente que se incomoda, principalmente quando o assunto é política.
Esses casos de Daniel e Robinho mereciam uma opinião da classe, pelo menos eu penso assim. Aí não cabe passar pano, corporativismo. Mas sabemos que é assim. Mas o que me incomodou demais e me deixou desanimado, perplexo, foi a palavra de Dorival Jr., treinador de nossa seleção sobre o caso Robinho.
Indagado sobre o caso, simplesmente se esquivou e por pouco não inocentou o jogador. Que triste! A entrevista me incomodou tanto, que eu estava participando do programa no dia e acabei soltando no ar minha indignação dizendo no microfone; "é um bunda mole". Que decepção. Sou partidário de que a omissão é muito pior do que você externar sua opinião, por mais absurda que seja. Infelizmente as coisas do futebol estão assim. Corporativismo é a palavra de ordem. Que vergonha! Até mais!
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