Amigo do esporte,
a Copa São Paulo está chegando ao seu final. Já nas quartas-de-final, o torneio tem cinco paulistas, dois mineiros e um carioca que já foi eliminado. América MG e Santos já estão na semi-final. Palmeiras x Oeste e Cruzeiro x São Paulo decidem a outra. Escrevo na quarta-feira antes da rodada. Mas independentemente dos resultados das partidas por serem cumpridas, a verdade é que a Copa São Paulo já não empolga mais. Exceção de alguns valores, o nível técnico é absurdamente fraco.
Alguns times mostraram alguma coisa de bom. O Palmeiras mostra que está atento a sua base e é o time que apresenta o melhor futebol. O Santos também tem alguns garotos que poderão ser aproveitados no time profissional. O Mirassol sempre teve categoria de base forte. O São Paulo mostra que pode guindar um ou dois garotos para o time de cima. O alerta é para que um torneio com 128 times, chegar ao filtro de 8 e desses oito cinco são de São Paulo, mostra que o nível técnico deixou a desejar.
Equipes fortes em outras épocas como Flamengo, Vasco, Grêmio, Inter (atual campeão, mas que trouxe um time fraco), e as equipes do Nordeste apresentaram um futebol nada convincente. Para não me alongar mais, existe uma ala de torcedores e profissionais da imprensa que vibram com o lado democrático da competição em detrimento ao nível técnico. E outros torcem o nariz para tantos times e pouco futebol.
Eu, particularmente, faço parte do segundo bloco. Existe um ditado que diz: "nem tanto ao mar, nem tanto a terra". Acho que 128 times é um exagero. Primeiro porque alguns times sacrificam os garotos com viagens absurdas e um desgaste fora do normal. Segundo porque raras são as equipes que conseguem algum destaque até pe lo desnível do condicionamento físico. E entre tantos fatores, surge o principal no meu modo de ver: o nível técnico.
Tudo bem que a competição seja democrática. Mas nem tanto. Alguns times vêm para a disputa sem a menor condição. Sem massagista, sem médico, sem estrutura. Talvez se houvesse uma pré seleção a Copa São Paulo se tornaria mais competitiva. O fato é que quando se incha essa competição, na verdade os dirigentes não pensam em torná-la democrática.
Pensam em votos, pensam em se manter no poder. É lamentável, mas é a realidade. Sacrifica-se o garoto, às vezes até o expõe a ridículo, mas garantem o voto. Esse é o retrato fiel do nosso futebol. E ainda tem gente que acredita que seremos campeões mundiais. Acorda, Brasil! Até mais!
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