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  • Foto do escritorJota Jorge

Opinião objetiva - Ah, tempo! Por quê anda tão depressa?

Amigo do esporte,


decidi hoje esquecer um pouco do tema esporte pra falar do tempo. Sim, do tempo. Essa coisa que de repente resolveu andar rápido demais. De uma hora para outra me pego com quase 67 anos e relembro como passou rápido.

A globalização, a internet e as mídias sociais agitaram o tempo e ele resolveu apressar as coisas. Me lembro quando ainda garoto no primário (nem sei como chama hoje o curso primário), as quatro horas e meia que passava no Colégio São José dos Padres de Sion no Ipiranga demoravam uma eternidade.

Nossa! Ele (o tempo) teimava em demorar. Era no período da manhã e não via a hora das 11:30 chegar pra ir pra casa. Logo depois do almoço, a lição. Fazia rápido e depois brincar. Em casa, em casa de amigos e na rua. Sim, na rua. Por incrível que possa parecer, brincávamos na rua.

Não tinha celular, não tinha trânsito, não tinha perigo. Só voltava a noitinha pra tomar banho, jantar e assistir TV. E assistia só aquilo que meus pais viam. Não imaginava tentar trocar de canal. Quanta saudade.

Depois fui pro ginásio. Também não sei como se chama hoje. Fui para o Colégio Arquidiocesano onde concluí o ginásio, e o científico. Lá, jogava futebol, curtia os amigos, tinha os bailinhos, a padaria Sagres que era nosso ponto de encontro. E sonhava em fazer logo 18 anos pra tirar carta de motorista (hoje se fala habilitação) e poder entrar no cinema proibido. Demorou demais. Era só ansiedade.

Depois disso, veio o trabalho. Como caixa de banco, meu primeiro emprego, fazia lançamentos de débito e crédito nas fichas na mão, além de atender o público. Não havia computador. Havia mais calor humano. Os clientes eram verdadeiros amigos. Mais adiante, chegou o computador.

O tempo já ficou meio invocado e começou a apertar o passo. Aí surgiu a internet e depois o celular, por volta de 1996. Pronto! Aí o bicho pegou. Disparou de uma maneira que quando pisquei já tinha o segundo filho (já tinha uma filha) e agora tenho uma neta. E se duas fases de minha vida demoraram tanto pra passar, a infância e a adolescência, depois disso o tempo acelerou de uma tal maneira que hoje custo a acreditar na idade que tenho e tudo o que ficou pra trás.

O tempo que era tão lento e camarada virou um bólido impiedoso. Mas ainda assim, agradeço por estar vivo e bem. E também por tudo o que vivi, ainda que muito depressa em alguns períodos. Obrigado, tempo! Mas acho que você poderia ser um pouco mais camarada agora e tirar um pouco o pé para que nessa reta final eu possa saborear a vida com um pouco mais de tempo (srsrsrs). É o que há! Até mais!

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