Amigo(a) do esporte,
antes da parada do Paulistão pela pandemia, o Guarani navegava em maré tranquila. Cinco pontos à frente do Corinthians, aguardava as duas últimas rodadas, para com dois pontos obter a classificação às quartas-de-final da competição, algo que na pré-temporada era difícil de se acreditar.
Já a Ponte Preta vivia situação completamente oposta. Colhia tempestade graças a uma administração deficiente. Ambiente tumultuado, ocupava a última colocação geral do campeonato. Ameaçada pelo rebaixamento, apresentando um péssimo futebol, recorreu a um treinador raiz: João Brigatti. Na volta, precisava de um quase milagre. Duas vitórias. Uma sobre o até então único invicto da competição, o Novorizontino. e a outra sobre o Mirassol que lutava pela liderança de seu grupo. E ainda dependia de outros resultados para sacramentar a permanência na elite do futebol paulista.
Mais de 120 dias depois, aconteceu uma reviravolta gigantesca. O improvável, o imponderável, o Sobrenatural de Almeida, como diria Nélson Rodrigues, surgiu na vida do Bugre. Uma derrota inesperada e doída para o Botafogo, então vice-lanterna da competição destruiu psicologicamente o elenco.
A classificação que era tida como certa, começou a escapar. Principalmente depois do resultado naquele jogo. Era vencer o Botafogo e comemorar a classificação. Enquanto isso, o Corinthians perigosamente se aproximava e diminuía a diferença para dois pontos.
Perder para o São Paulo, ainda que com time misto, é um resultado normal. Tanto podia ganhar como perder. A morte foi decretada no jogo com o Botafogo. E o pesadelo se tornou realidade. O Bugre ficou fora da zona de classificação.
Enquanto isso. a Macaca vencia o Novorizontino com autoridade demonstrando que iria para a última batalha disposta a não só se livrar do rebaixamento, como também em função de outros resultados, buscar a classificação. E foi o que aconteceu. Mais uma vitória, contra o desfalcado e desinteressado Mirassol, e mesmo não apresentando um, bom futebol, mas com garra e determinação de sobra, e contando com derrotas de concorrentes diretos, a Ponte ressurgiu das cinzas bem ao estilo Fênix, e conseguiu uma classificação heroica.
Só o futebol é capaz disso. Nenhum outro esporte consegue ser tão imprevisível e causar tanta emoção. Ah, futebol, seu danado! É por isso que amamos você! Até mais!
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