Amigo(a) do esporte,
lamentavelmente em pleno 2020 ainda temos que conviver com atitudes animalescas de certas pessoas. Gente que discrimina pessoas pela cor. Ora, meu Deus! Até quando? É abominável sob todos os aspectos a discriminação racial.
Falando do esporte, vários casos já aconteceram, e infelizmente continuam a acontecer. A NBA paralisou o campeonato em solidariedade do homem negro atingido covardemente por policiais pelas costas, quando estava separando uma briga de mulheres. E ele estava com os dois filhos no carro.
No Brasil, temos sempre que louvar a iniciativa de dois clubes do Rio de Janeiro que, desafiando os conceitos e preconceitos da época, foram os pioneiros em admitir negros em suas equipes. Trata-se do Bangu A.C. e do C.R. Vasco da Gama. O Gigante da Colina sofreu um preconceito tão grande que Botafogo, Fluminense e Flamengo, para que não enfrentassem o Vasco, fundaram uma liga para que a elite permanecesse reinando no futebol carioca.
E o outro clube, o Bangu, recebeu até a Medalha Tiradentes por ter escalado pela primeira vez um jogador negro. O Bangu recebeu o apelido de "Mulatinhos Rosados", vindo de uma resposta de Antônio Pedroso, presidente na época, a um dirigente adversário que comentou após um jogo contra o Bangu: "Como tem crioulo nesse time". Pedroso então respondeu: "São Mulatinhos Rosados".
O Bangu sofreu tanta discriminação, que se afastou do Campeonato carioca em 1907 por dez anos. E foi o primeiro clube do Brasil a ter negros e operários em suas fileiras. Ao lado do Vasco da Gama, foram os clubes que mais lutaram contra o preconceito.
O Vasco inclusive, em 1904 foi o primeiro clube a eleger um presidente não branco. O mulato Cândido José de Araújo foi guindado ao posto maior da hierarquia vascaína. Num mundo onde ainda assistimos a cenas e atitudes absurdas de racismo, resolvi homenagear esses dois clubes, pioneiros em quebrar barreiras estúpidas e sustentar suas posições para que se desse início a popularização do futebol no Brasil.
Parabéns Bangu! Parabéns Vasco da Gama! Que esse exemplo seja seguido em todos os setores e em todas as pessoas. O homem não tem cor. Tem raça. E toda raça deve ser respeitada! Até mais!
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