Amigo do esporte,
a final do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino entre Corinthians e Internacional realizada em dois jogos, mostrou a evolução dessa modalidade no Brasil. No Beira-Rio no primeiro confronto, o público foi superior a 36 mil espectadores. Já no confronto final na Neo Química Arena, o público foi superior a 40 mil torcedores. Mais de 76 mil torcedores nos dois jogos. Um público de 36 mil torcedores é raro no Campeonato Brasileiro Masculino. Exceção feita aos grandes clubes, dificilmente temos esse publico nos jogos. E o mais importante que quero salientar é a presença maciça de famílias, crianças e mulheres que prestigiaram os jogos.
Depois de um árduo começo, após tantos insucessos na busca pela notoriedade, parece que agora a coisa engrenou de vez. Pelo menos com relação a competição nacional o interesse é grande e com certeza vai permanecer. O Corinthians colhe frutos de uma organização invejável e é o time a ser batido. Uma estrutura fantástica está fazendo com que as "brabas" consigam resultados espetaculares, como o tetra brasileiro, o tri paulista e o bi da Libertadores. É o time a ser batido. É o exemplo de profissionalização. S
e o Corinthians tem o apelido de "Timão", deveria ser direcionado principalmente para o time feminino. Mas falta ainda alguma coisa para que essa modalidade se torne tão popular quanto o masculino. Faltam títulos para a Seleção Brasileira. Mas títulos significativos. Um mundial seria o ápice. Nossa Seleção já conquistou títulos. Mas nada que a credencie e que possa chamar a atenção. Uma Olimpíada por exemplo seria uma conquista para colocar o futebol feminino definitivamente na vitrine do mundo. Temos jogadoras para isso. Até temos estrutura para atingir esse objetivo hoje. Mas falta algo que julgo ser fundamental para isso. O "Complexo de Vira-Lata".
O Brasil se apequena quando se defronta com grandes seleções. Não é a mesma de que quando enfrenta seleções de nível inferior. Parece que tem medo, que fica indecisa sem se imbuir de seu potencial.Talvez um profundo trabalho psicológico possa curar essa "doença".
Um trabalho de base, sólido que faça com que nossas jogadoras diante de adversárias de renome, sejam mais elas e acreditem no potencial. Com o crescimento de interesse notado nesse último Brasileiro, onde várias equipes iniciaram um processo de estruturação e organização tornando-se verdadeiramente profissionais, com certeza teremos campeonatos mais empolgantes, disputas mais equilibradas e quem vai ganhar com isso é o torcedor e o nosso futebol feminino.
Quem sabe assim possamos chegar a um título relevante, o que nos colocaria entre as grandes potencias do mundo, assim como o masculino, embora esteja numa fase não tão auspiciosa. Um título mundial ou olímpico. E com certeza o futebol feminino irá ganhar incontáveis adeptos assim como eu. Mas deve começar já. E com novo comando porque com essa treinadora que só sabe cantar e dançar não iremos a lugar algum.
Potencial nós temos. Basta que nossa seleção se profissionalize e siga o exemplo de vários times que acordaram para um filão que pode render inúmeros frutos! Até mais!
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