Amigo do esporte,
quem acompanha futebol sabe das mudanças que aconteceram com os goleiros ao longo das últimas décadas. Começando pelo nome. O locutor da época falava em "goalkeeper" ou "guarda valas" ou "arqueiro" e por aí afora. O termo goleiro surgiu bem depois. O goleiro de antes jogava com a mão crua, sem luvas. Alguns faziam uso delas na chuva, mas era muito difícil.
A camisa do goleiro daquele tempo era preta ou cinza e de manga comprida. Quem introduziu a camisa colorida para goleiro foi Raul Plassmann, que atuando pelo Cruzeiro lançou uma camisa amarela que se tornou sua marca registrada. O calção do goleiro era acolchoado dos lados para amortecer a queda. Hoje, tanto a camisa quanto o calção são de última geração, lembrando que a camisa é de manga curta.
Naquela época, o goleiro não precisa ser gigante. Tinham os grandes goleiros de estatura até baixa, casos de Valdir (do Palmeiras), Poi (do São Paulo), Cláudio (do Santos), Pompéia (do América do Rio), Dudízio (do Jabaquara), César (do Corinthians), Orlando (da Portuguesa) e tantos outros. Hoje temos goleiro que passa dos dois metros.
Antes, o goleiro ficava batendo a bola para ganhar tempo quando seu time estava colhendo um bom resultado. Ficava batendo a bola por um tempo enorme para desespero do time adversário. Hoje já não pode fazer isso. Mas aí é que está o grande fato que quero abordar.
Hoje em dia, qualquer defesa difícil que o goleiro faça quando seu time está em vantagem, é pretexto para que caia no chão simulando uma contusão. Atitude nojenta, repugnante, que tem a complacência de árbitros covardes que permitem essa vergonha sem tomar qualquer providência. Se antes o goleiro batia a bola no chão por longo tempo, é importante salientar que estava na regra, era permitido.
O que o goleiro faz hoje é o anti-jogo, a famosa cera. Enquanto não se punir esse tipo de atitude, os goleiros continuarão encenando vergonhosamente uma situação de lesão que chega as raias do constrangimento. E aí eu pergunto: Será que houve evolução dos goleiros? Com a palavra, o amigo do esporte! Até mais!
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