Amigo do esporte,
o último sábado foi de muita emoção para quem aprecia a nova modalidade de lutas, o MMA. Indo na carona da falência do boxe mundial (espero que não seja definitiva), o MMA acabou se tornando um sucesso estrondoso. Mixed Martial Arts é uma abrangência de estilos de luta, incluindo o boxe. Diversas modalidades são colocadas em prática por lutadores nas mais diversas categorias.
Muita gente não gosta por achar um tipo de luta violento demais. Mas a verdade é que o interesse por esse tipo de enfrentamento cresce a cada dia. Tivemos e temos campeões mundiais tanto no masculino quanto no feminino. E tivemos diversas lendas desse esporte, ainda quando era o famoso "Pride". Lá sim, valia tudo. Desde chute na cabeça até pisão. Hoje as regras dão muito mais proteção aos oponentes. Mas apesar de termos tido e ainda temos campeões, no último sábado a lenda, o mito Anderson Silva se despediu dos "cages" (denominação do ringue para essa modalidade).
Detentor de vários recordes, alguns difíceis ou improváveis de alguém quebrar, Anderson deixou seu nome na história desse esporte. Alguns recordes: 14 lutas defendendo o título, 2,457 dias como campeão da categoria, maior sequência de vitórias (16), 21 lutas principais. Anderson deixa o legado de um estilo único de lutar.
Reconhecido por verdadeiras lendas como o maior peso por peso da história do MMA, venceu todos os maiores oponentes na sua categoria. Das 44 lutas da carreira, 34 vitórias, sendo 20 por nocaute e 6 por finalização. Encerrou sua carreira no último sábado aos 45 anos.
E aí que eu gostaria de emitir uma opinião muito pessoal: nas últimas oito lutas acumulou sete derrotas, o que mostra que não havia necessidade de prolongar uma carreira tão brilhante. A decadência era flagrante a cada luta. A idade já não permitia a mesma elasticidade, a mesma velocidade. As pernas já não aguentavam muito tempo.
Quando perdeu a revanche para Chris Weidman, em que teve uma fratura na perna, deveria ter parado. Depois dessa luta nunca mais foi o mesmo.
Pego no doping ficou afastado mais de um ano, o que colaborou para sua decadência. Mesmo assim, causou emoção e admiração de lutadores expoentes que ainda estavam em plena atividade, casos de Michael Bisping, Daniel Cormier, Israel Adesanya e Uriah hall, todos eles se sentindo honrados e emocionados por enfrentar o mito.
Um final de carreira até certo ponto melancólico de uma referência, de um gênio das artes marciais, conhecedor profundo das mais diversas modalidades que fizeram dele uma lenda. Obrigado, Anderson Silva, por representar tão bem o Brasil. Só lamento o final ter sido dessa maneira. Até mais!
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