Composta em 1917 por Angelino de Oliveira e apresentada pela primeira vez em 1918 no Clube 24 de maio de Botucatu, "Tristeza do Jeca" se tornou um hino de nossa música regional. Clássico indiscutível da música sertaneja raiz, editada em 1922 e gravada pela primeira vez só a melodia pela Orquestra Brasil-América, a música teve sua primeira gravação com letra em 1926 por Patrício Teixeira. A partir daí, foi sucesso absoluto tendo sido repaginada por artistas de grande expressão, como Tonico e Tinoco (a versão mais clássica), Maria Bethânia, Almir Sater, Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Nelson Ned, Sérgio Reis e Zezé di Camargo e Luciano entre outros. E em 1961, Amácio Mazzaropi lançou o filme homônimo interpretando Jeca Tatu. E foi a versão escolhida por mim para que você possa curtir a letra maravilhosa, a melodia fantástica e a interpretação indescritível desse que foi um dos maiores artistas de nosso país. Tenho certeza que você vai curtir muito "Tristeza do Jeca" na interpretação única do "Jeca Tatu" Amácio Mazzaropi. Para ouvir e guardar!
Letra
Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Eu sou como um sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está
Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buracos
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão
Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar
Vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar.
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