O cantor e compositor carioca Álvaro Nunes (1912-1961), conhecido por J. Cascata, na letra de “Minha Palhoça”, expressa um bonito, bucólico e romântico convite para a pessoa amada. Este samba de breque foi gravado pela primeira vez por Sylvio Caldas, em 1935, pela Odeon. Música que fez um enorme sucesso e foi gravada por vários artistas. Essa gravação é a original de 1935 onde já despontava o talento de Silvio Caldas, o "Caboclinho Querido". Uma raridade! Até hoje em rodas de samba, ela é cantada. Vale a pena relembrar essa joia que fez e ainda faz sucesso para os que gostam de samba! Sem dúvida, "Minha Palhoça" é música de hoje e sempre!
Letra
Se você quisesse morar na minha palhoça
Lá tem troça, se faz bossa
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem um violão
Uma roseira cobre a banda da varanda
E ao romper da madrugada
Vem a passarada abençoar nossa união
Tem um cavalo
Que eu comprei em Pernambuco
E não estranha a pista
Tem jornal, lá tem revista
Uma kodak para tirar nossa fotografia
Vai ter retrato todo dia
Um papagaio que eu mandei vir do Pará
Um aparelho de rádio-batata
E um violão que desacata
Se você quisesse morar na minha palhoça
Lá tem troça, se faz bossa
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem um violão
Uma roseira cobre a banda da varanda
E ao romper da madrugada
Vem a passarada abençoar nossa união
Tem um pomar
Que é pequenino, é uma tetéia, é mesmo uma gracinha
Criação, lá tem galinha
Um rouxinol que nos acorda ao amanhecer
Isso é verdade podes crer
A patativa quando canta faz chorar
Há uma fonte na encosta do monte
A cantar chuá-chuá.
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