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Música de hoje e sempre - "Futebol da Bicharada", por Rolando Boldrin

Foto do escritor: Jota JorgeJota Jorge

A notícia triste que tivemos recentemente foi a morte de Rolando Boldrin. Um gênio, a personificação de nossa cultura. Boldrin já foi homenageado por nós, e graças a Deus em vida, no "Conheça o Craque". Mas hoje quero prestar uma homenagem ao Rolando Boldrin "contador de causos" e cantor. Em 2013 num dos programas "Sr. Brasil" (aliás nunca um nome de programa foi tão apropriado), nosso monstro da cultura contou mais um de seus "causos" e cantou uma música muito alegre chamada "Futebol da Bicharada" de autoria de Raul Torres. Curta esse vídeo delicioso com uma das maiores senão a maior personalidade de nossa cultura!Vá em paz, Rolando Boldrin! Muita luz no seu caminho!

Letra

Lá no arraiá das coruja fizero dois cumbinado

O time do quebra-dedo, e o time do pé-rapado

A bicharada reuniu, formaro logo seu quadro

Nóis fumo vê esse jogo, por sê um jogo falado


A bicharada pediu pro jogo sê irradiado

Na estação du lugá, PRJ-Bichado

O ispriqui era o jumento, rapaizinho apreparado

As quinze hora da tarde o jogo foi começado


O time do quebra-dedo tinha fama de campeão

Sapo jogava no gol, béqui de espera o leão

Cavalo o béqui de avanço, o arco esquerdo preá

Veado de center-arco, arco direito o gambá


A linha tava um perigo, na meia jogava o rato

No centro jogava o tigre, na otra meia o macaco

Na esquerda jogava o bode, direita jogava o gato

E pra atuá di juiz, foi convidado o lagarto


Boa tarde senhoras e senhores

Ai que bicharada gorda, barbaridade


O tigre deu a saída, coelho foi pra tirar

O tigre passô pru bode, mais quando ele foi chutar

Puxaro a barba do bode, o bode foi recramar

Juiz falô que num viu, cachorro já quis brigar


A cabra muié do bode, xingô o juiz de ladrão

Torcida do quebra-dedo fizéro recramação

A capivara e a cotia pegaro a xingá o leão

Preguiça dava risada, de vê o sapo de carção


Largato que era o juiz, na hora dele apitar

Tinha engulido o apito, num pôde o jogo parar

A torcida entrô no campo, de pau, de faca e punhar

O pau cumeu direitinho, mataro três no lugar


O bode ficô ferido, mataro o béqui leão

Rasgaro a saia da cobra, cavalo quebrô a mão

O sapo saiu correndo, jogou-se no riberão

Por que na hora da briga ele ficou sem carção


O jogo num terminô, pur isso ficô empatado

Agora nóis vai falá, do center-arco veado

Nervoso ele dizia, entre suspiros e ais


Ai meu Deus do céu qui jogo bruto, meu Deus, que estupidez

Assim num jogo, num jogo, num jogo mais

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