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Conheça o craque - Noel Rosa

Foto do escritor: Jota JorgeJota Jorge

O "Conheça o Craque" hoje faz uma homenagem a um dos maiores gênios da canção brasileira. Um monstro sagrado que eternizou diversas composições que são cantadas e curtidas até hoje por todos os meios de comunicação.

Trata-se do espetacular Noel de Medeiros Rosa, ou simplesmente Noel Rosa. Poeta, cantor, sambista, bandolinista e violonista brasileiro, durante o pouco tempo em que viveu entre nós deixou seu nome e sua obra maravilhosos guardados para sempre em nossa memória.

Foi o primeiro a divulgar e criar o samba de morro e de asfalto, o que o tornou um compositor eclético agradando todos os gostos. Noel nasceu de um parto muito difícil que teve o uso do fórceps. Além disso, nasceu com uma deformidade no maxilar, hipoplasia, o que marcou sua feição por toda a vida destacando sua fisionomia bastante particular.

Nascido em Vila Isabel de uma família de classe média estudou no tradicional Colégio São Bento. Aprendeu tocar bandolim e outros instrumentos de ouvido. Aos 21 anos entrou para a Faculdade de Medicina, mas as noitadas de samba e cerveja com mulheres acabou prevalecendo e o Brasil perdeu um médico, mas ganhou um artista fenomenal. Em 1929, com 19 anos Noel arriscou suas primeiras músicas.

Mas foi em 1930 que alcançou o sucesso com a música que até hoje é idolatrada por quem é fã da nossa música. "Com Que Roupa" foi um sucesso estrondoso que causou até polêmica com relação a razão da composição. Diz a lenda que a mãe de Noel escondeu suas roupas para que ele não saísse com os amigos, fato desmentido por um de seus grandes parceiros, Almirante.

Considerado por muitos como o "Rei das Letras", Noel acabou criando uma polêmica com Wilson Batista, seu rival no bom sentido. Ambos fizeram músicas em alusão a essa rivalidade. Pelo lado de Noel, "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz" foram endereçadas ao seu "oponente". Frequentador assíduo da boemia do Rio de janeiro, especificamente de Vila Isabel. Apaixonado pela noite, Noel teve várias namoradas ao mesmo tempo e amantes também. Casou-se em 1934 com Lindaura Martins. Porém, nunca deixou de ter relacionamentos extra-conjugais. O mais emblemático deles foi com Ceci, uma prostituta de um dos cabarés que frequentava.

Ceci ganhou até uma música de Noel, "A Dama do Cabaré". Esse relacionamento durou muito tempo Noel queria sustentar Ceci dando uma casa para que só ele pudesse estar com ela. Mas Ceci queria um marido, queria sair da vida fácil, e ele com medo da repercussão acabou se desligando de seu grande amor. Em 1935, seu pai se matou tragicamente por enforcamento, assim como sua avó o fizera em 1927. Junte-se a isso as noitadas sem fim de bebida e cigarro e um aborto de sua esposa Lindaura que acabou afetando o aparelho uterino e impedindo Noel de ser pai, tudo isso ajudou para que Noel já em estado avançado de tuberculose fosse para Minas Gerais para se curar.

Lá escreveu a seguinte carta para seu médico: "Já apresento melhoras, pois levanto muito cedo; E deitas às 9 horas, para mim é um brinquedo; A injeção me tortura, e muito medo me mete; Mas minha temperatura, não passa de 37; Creio que fiz muito mal, em desprezar o cigarro; Pois não há material, para o exame de escarro."

Uma carta com rimas para o médico só podia sair desse gênio. Voltou ao Rio e julgando estar curado parou com a medicação. Mas adoeceu fortemente poucos dias depois e já não conseguia se alimentar e nem se levantar da cama.

Morreu aos 26 anos vítima da tuberculose que o perseguiu por anos. Foi reverenciado em filmes de curta, média e longa metragem, em peça de teatro, onde foi sucesso enorme a peça "O Poeta da Vila e Seus Amores" escrita por Plínio Marcos. Reverenciado também em livros com vários títulos, Noel está eternizado na memória do povo brasileiro por canções como: "Com Que Roupa", "Palpite Infeliz", "Gago Apaixonado", "Três Apitos", "Dama do Cabaré", "Feitiço da Vila", "Remorso", "Conversa de Botequim", "João Ninguém", "Pra Que Mentir", "Último Desejo", apenas algumas das 220 composições desse inesquecível gênio de nossa música. Noel Rosa merece eternamente ser homenageado por sua obra. "Conheça o Craque" reverencia o "Poeta da Vila", um verdadeiro cracaço que merece estar aqui nessa galeria. Valeu, Noel!

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