Em 21 de agosto de 1924 nascia em Berna na Suíça, Mauro Bezerra Pinheiro, o "Senador" Mauro Pinheiro. O pai era médico, membro importante da famosa família dos Bezerra Cavalcanti de Pernambuco e fazia um curso naquele país quando Mauro nasceu. Foi registrado no Consulado Brasileiro e depois, quando completasse a maioridade, seguindo a lei, teria que confirmar se queria mesmo a nacionalidade brasileira ou viveria como suíço.
É claro que Mauro jamais se lembrou de tomar a decisão no tempo certo e só foi pensar no assunto quando resolveu se casar. Foi um comentarista dos tempos dourados do futebol e que sempre se vestia impecavelmente.
Terno e gravata, barba bem feita e chapéu de palhinha. Além disso, um profundo conhecedor dos vinhos e fumante dos bons charutos. Com classe e elegância, Mauro Pinheiro, o Senador, tornou-se um dos mais conhecidos nomes do rádio paulista.
Nos anos 60 e 70, Mauro Pinheiro era um dos principais nomes da equipe esportiva Escrete do Rádio da Cadeia Verde a Amarela da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Torcedor fanático do Fluminense, Mauro começou a carreira no Rio de Janeiro escrevendo para a revista Sport Ilustrado. Mas foi em São Paulo que conseguiu notoriedade ao trabalhar durante 20 anos na Rádio Bandeirantes, sendo um dos principais nomes da equipe esportiva "Escrete do Rádio" da Cadeia Verde Amarela da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Titular dos comentaristas, trabalhou ao lado de Fiori Gigliotti e também outros narradores. Mas como titular quase sempre atuava ao lado de Fiori. Nunca teve amizade pessoal com os colegas. Seu temperamento recatado não permitia uma aproximação maior. Porém, sempre respeitou a todos indistintamente. E apesar desse comportamento, exerceu uma liderança muito grande entre os radialistas esportivos. Nunca trabalhou trajando esporte. Paletó e gravata além do chapéu eram o cartão de visitas do "Senador".
Escreveu para o "Estado de São Paulo" por um tempo e após 18 anos deixou a Bandeirantes e foi para a Jovem Pan atuando por pouco tempo, pois vítima de diabetes alterada ao extremo veio a falecer em 25 de janeiro de 1982.
Foi presidente da ACEESP entre 1972 e 73 e teve passagem pela equipe esportiva da TV Continental, canal 9 do Rio de Janeiro. Mauro Pinheiro deixou sua marca registrada no meio esportivo do rádio e foi, sem dúvida, um craque e merece ter um pouco de sua memória preservada aqui no "Conheça o Craque". Valeu, "Senador !
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