Iniciou sua carreira jornalística ao lado do pai, Mário Rodrigues, proprietário na época do jornal "A Manhã" como repórter esportivo, enveredando para um ramo do jornalismo ainda inexplorado. Dedicava páginas inteiras do jornal para os times cariocas. Depois, no jornal "Críticas" também de propriedade de seu pai, Mário revolucionou o estilo de abordagem e de comentários das partidas, utilizando uma linguagem moderna e dinâmica, diferente dos termos rebuscados de até então.
Com tanta experiência, fundou o primeiro jornal exclusivamente de esportes no Brasil, o "Mundo Sportivo", que teve curta duração, pois foi trabalhar no jornal "O Globo" com Roberto Marinho, seu companheiro de sinuca. No "O Globo", com sua modernidade na maneira de ver futebol, transforma o futebol, até então um esporte de elite, em um esporte de massa. Em 1936 adquiri o "Jornal dos Sports", o jornal cor-de-rosa que se tornou um ícone da imprensa escrita esportiva do Brasil. Lá, cria os "Jogos da Primavera" em 1947, os "Jogos Infantis" em 1951 e o Torneio Rio-São Paulo, que foi o precursor do Campeonato Brasileiro.
Sempre deu ênfase ao turfe e a regata. Se tornou imortal por enfrentar na época Carlos Lacerda que queria construir um estádio em Jacarepaguá. Convenceu a opinião publica de que o estádio deveria ser no Maracanã e que teria que ter uma capacidade de mais de 150 mil torcedores. Faleceu de um ataque cardíaco em 1966 aos 58 anos. Meses depois, sua esposa, Célia se suicidou. A partir daí o Maracanã passou a se chamar Estádio Jornalista Mário Filho.
Nelson Rodrigues, gênio da dramaturgia, teatrólogo e cronista homenageou seu irmão com o jargão "o criador de multidões" por sua luta pela popularização do futebol no país. Autor de livros preciosos sobre futebol e outros temas, também escreveu a biografia de Cândido Portinari, seu amigo de juventude.
Fantástico escritor, principalmente no ramo do futebol, foi eleito como o maior cronista esportivo de todos os tempos. Grande Mário Filho! Cronista e escritor fantástico, é, sem dúvida um craque. Merece ser lembrado por todo o sempre. Aqui, uma pequena homenagem ao "Homem do Maracanã", Mário Filho merece estar aqui na galeria do "Conheça o Craque"! Valeu!
Citação
"Dondinho era preto, preta dona Celeste, preta vovó Ambrosina, preto o tio Jorge, pretos Zoca e Maria Lúcia. Como se envergonhar da cor dos pais, da avó que lhe ensinara a rezar, do bom tio Jorge que pegava o ordenado e entregava-o à irmã para inteirar as despesas da casa, dos irmãos que tinha de proteger? A cor dele era igual. Tinha de ser preto. Se não fosse preto não seria Pelé” - Trecho de "O Negro no Futebol Brasileiro"
Obras
1927: Bonecas
1928: Senhorita 1950
1932: Copa Rio Branco
1934: Histórias do Flamengo
1947: O Negro no Futebol Brasileiro
1949: Romance do Football
1962: Copa do Mundo de 62
1964: Viagem em Torno de Pelé
1965: O Rosto
1966: Infância de Portinari
1994: Sapo de Arubinha (Crônicas reunidas)
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