Hugo Sánchez Márquez foi o maior jogador mexicano do século XX. Apesar da baixa estatura (1,75 mts), intimidava seus adversários por ter um temperamento arredio. Apanhava muito, mas revidava às vezes até de maneira deselegante como com cusparadas. Hugo Sánchez fazia gols de todas as maneiras, até de bicicleta.
Sua comemoração com piruetas foi sua marca registrada. iniciou sua carreira profissional aos 17 anos em 1975 no Pumas do México. No clube desde 1972, antes de se profissionalizar já defendia a Seleção Amadora do México.
No mesmo ano de sua profissionalização, conquistou com a Seleção Mexicana o Torneio de Cannes e a medalha de Ouro no Pan-Americano do México. Seu primeiro título como titular da equipe foi na temporada 1976/77.
Em 1980 atingiu o auge de sua performance no Pumas, conquistando a Copa dos campeões da CONCACAF. Em 1981 sagrou-se campeão Mexicano novamente e da Copa Interamericana.
Foi o suficiente para chamar a atenção do Atlético de Madrid que o contratou para a temporada de 1981. Por 4 anos defendeu "los colchoneros" e embora estivesse em plena forma, só foi conseguir um título na sua última temporada: a Copa do rei, sendo artilheiro e vice-campeão da Liga.
Mais uma vez, sua performance foi recompensada com uma transferência para o Real Madrid. Nos "merengues", atingiu o ápice, apesar da polêmica transferência. Saiu como ídolo do Atlético e é reverenciado até hoje.
No Real, conquistou títulos, foi multi-artilheiro, ganhou notoriedade mundial e se tornou também ídolo do clube merengue. Formou ao lado de Camacho, Michel, Jorge Valdano, Bernd Schuster, Martin Vazquez, Gordillo e Emílio Butragueño, a esquadra chamada de "Quinta del Buitre", em alusão ao penta campeonato espanhol de 1986 a 1990, onde Hugo Sánchez teve papel importantíssimo sendo por quatro vezes o artilheiro da Liga nesse período.
Em 1990 foi o maior artilheiro do continente europeu e recebeu a "Chuteira de Ouro" europeia. Em 1992, já na fase decadente, voltou ao México para defender o América. E a partir daí, só teve passagens curtas até o final da carreira. Em 1993 retornou a Espanha para defender o Rayo Vallecano se tornando o único jogador a defender os três clubes de Madrid.
Voltou ao México para defender o Atlante, passou pelo Linz da Áustria, Dallas Burn e encerrou a carreira no Celaya, do México, em 1998.
Defendeu a Seleção Mexicana em três Copas do Mundo (1982, 1986 e 1994). Sua maior frustração foi não ter participado da Copa do Mundo de 1990, uma vez que o México foi excluído das eliminatórias da CONCACAF. Uma carreira de glórias, conquistas e reconhecimento. Merece que tenha parte de sua vida contada em "Conheça o Craque".
Títulos:
Pelo Pumas:
Primera Division de 1976/77 e 1980/81
Taça dos Campeões da CONCACAF de 1980
Copa Interamericana de 1980
Pelo Atlético de Madrid:
Copa do Rei 1984/85
Pelo Real Madrid:
La liga de 1985/;86, 1986/87, 1987/88, 1988/89 e 1989/90
Supercopa da Espanha de 1988, 1989 e 1990
Copa do Rei de 1988/89
Taça da UEFA de 1985/86
Pelo América:
Taça dos Campeões da CONCACAF de 1992
Pelo Lask Linz:
Campeonato Austríaco de 1995/96
Pela Seleção Mexicana :
Jogos Pan-Americanos de 1975
Taça de Ouro da CONCACAF de 1977
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