O primeiro craque a desfilar aqui é Waldir Pereira, ou simplesmente Didi. Carioca de Campos dos Goytacazes, Didi teve uma carreira brilhante. De 1949 a 1956 defendeu o Fluminense vindo do Madureira que o tirou do Americano de Campos. E foi no Fluminense que ganhou o apelido de "Príncipe Etíope", de autoria do dramaturgo ilustre Nélson Rodrigues, torcedor fanático do Tricolor carioca.
A elegância, a classe, a categoria de Didi lembrava mesmo a postura de um príncipe. Foi campeão carioca em 1951 pelo Flu. E também foi o autor do primeiro gol no Maracanã atuando pela Seleção Carioca. Apesar de nascer tricolor, Didi acabou se apaixonando pelo "Glorioso" Botafogo Futebol e Regatas.
Foi no Botafogo que Didi obteve as maiores conquistas. Campeão carioca de 1957, 1961 e 1962 e campeão do Rio-São Paulo de 1962. Isso só no âmbito nacional. No Fogão, jogou ao lado de monstros sagrados do futebol: Garrincha, Nílton Santos, Zagallo, Manga, Quarentinha, Gérson, Amarildo, Paulo Valentim e tantos outros.
Seu futebol exuberante o levou ao Real Madrid que na época era o melhor time do mundo. Jogou ao lado de Di Stéfano e Puskas. Mas não conseguiu mostrar seu futebol no clube madrilenho. Existem duas versões para o "fracasso" de Didi na Europa. A primeira é de que foi boicotado pela dupla Di Stéfano e Puskas. E a outra seria a dificuldade de adaptação ao clima, a alimentação.
Em 1966 transferiu-se para o São Paulo na tentativa do Tricolor paulista de repetir com o veterano, o sucesso que obteve com Zizinho. Mas não deu certo. Didi fez quatro jogos com a camisa do São Paulo e se despediu melancolicamente. Abraçou a carreira de treinador, e seu maior feito foi levar a Seleção do Peru a uma Copa do Mundo depois de quarenta anos. Foi na Copa de 70.
Quis o destino que o Peru enfrentasse o Brasil. E acabou derrotado e eliminado naquele jogo. Entre tantos títulos pelos clubes onde passou, pela Seleção também foi vitorioso e conquistou seus títulos mais importantes. Destacando-se o Bi-Campeonato Mundial 58-62 e o Pan-Americano de 1952. Um dos maiores craques do futebol Mundial. Eleito o melhor jogador da Copa de 58 e o melhor médio volante da Copa de 62 entre outros prêmios, Didi era tão elegante, que se dizia que ele não sabia a cor da grama.
Grande Didi. Quem viu, viu!
O “folha seca”,..
Não vi jogar, infelizmente