Amigo do esporte,
Almir Morais de Albuquerque, ou "Almir Pernambuquinho" foi um dos grandes jogadores da história do nosso futebol. Atacante de grande habilidade, foi chamado de "Pelé Branco" por ser um atleta de muita técnica. Começou sua carreira no Sport em 1956 e logo se transferiu para o Vasco da Gama. No Rio de Janeiro ganhou fama de brigão por seu temperamento explosivo.
Quando se transferiu para o Vasco, sua mãe o alertou para os perigos da cidade grande. Com 19 anos começou a atuar pelo Gigante da Colina e logo se firmou como craque. Com muita disposição e habilidade, logo foi chamado para a Seleção Brasileira. Desistiu da convocação para excursionar com o Vasco, e por isso não foi chamado para a Copa de 58 em que teria muita chance de se tornar titular.
Jogou pelo Vasco de 57 a 60 e mudou-se para o Corinthians, onde permaneceu por um ano sem reeditar as grandes atuações do clube carioca.
O salário altíssimo e a vida boêmia contribuíram para o relacionamento ruim com o elenco e consequente passagem apagada pelo Timão. Ficou por um ano e em 62 seguiu para o Boca Juniors.
Assim como no Corinthians, Almir não conseguiu mostrar futebol na Argentina. Uma grave contusão agravou ainda mais sua passagem pelos hermanos. Queria sair, mas a diretoria do Boca não aceitava sua saída. O jeito foi arrumar uma briga monstro no jogo contra o Chacarita Juniors onde bateu e apanhou provocando uma verdadeira batalha campal. Assim, acabou saindo para jogar na Itália pelo Gênoa e pela Fiorentina sem sucesso.
Em 63 voltou ao Brasil para defender o Santos onde reencontrou seu futebol. O Santos chegou a final do Intercontinental contra o poderoso Milan. Na Itália, 4x2 para o Milan. No Maracanã, 4x2 para o santos com um dos gols marcados por Almir. No terceiro jogo, Almir cavou um pênalti que deu o título ao Peixe com a cobrança de Dalmo.
Em 65 voltou ao Rio para jogar pelo Flamengo. Em 73 partidas com a camisa do Rubronegro marcou 21 gols e foi protagonista de uma das maiores brigas já ocorridas no maracanã. Na decisão do título contra o Bangu, o Mengão perdia por 3x0 quando Almir partiu para a briga com os jogadores do Bangu e jogo terminou sem que o Bangu desse a volta olímpica.
Encerrou a carreira no América aos 31 anos em 1968 envelhecido e fora de peso por noitadas e bebida. Foi convocado pela Seleção Brasileira por João Saldanha que afirmou ser Almir o jogador mais completo depois de Pelé.
Morreu assassinado aos 35 anos na Galeria Alaska em Copacabana ao tentar defender um grupo de bailarinos do Dzi Croquettes que estavam sendo hostilizados por alguns portugueses. Valeu, "Pelé Branco"!
Títulos:
Pelo Sport - Campeão Pernambucano de 1956
Pelo Vasco - Campeão do Rio-São Paulo de 1958 e Campeão Carioca de 1958
Pelo Santos - Campeão Intercontinental de 1963, Campeão da Libertadores da América de 1963, Campeonato Brasileiro de 1963/64, Campeão do Rio- São Paulo de 1963/64 e Campeão Paulista de 1964
Pelo Flamengo - Campeão Carioca de 1965
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